“NÃO FUI PEDIR NADA AO PRESIDENTE MACKY
SALL E MUITO MENOS NEGOCIAR ALGO”-Diz DSP do PAIGC
O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, afirmou que não foi a Dacar
pedir algo ao Presidente do Senegal, Macky Sall e muito menos negociar.
Simões
Pereira reagia assim na segunda-feira, 13 de maio de 2019, rumores e
especulações nos últimos dias em Bissau, em como teria deslocado à capital senegalesa
para abordar o presente impasse do Parlamento guineense. Segundo os mesmos
rumores, Simões Pereira terá concordado com o nome do Coordenador
do MADEM para o lugar do segundo vice-presidente da mesa da ANP.
O presidente do partido vencedor das últimas eleições legislativas, reitera
que a aplicação correta das leis do país não pode ser condicionada
rigorosamente a nada.
A advertência do líder dos libertadores foi feita durante
uma declaração aos jornalistas, depois de uma reunião que manteve com o
Embaixador dos Estados Unidos de América para a Guiné-Bissau e o Senegal,
Tulinabo Mushingi.
O diplomata norte-americano está no país em visita do trabalho. A margem
desta visita, promove encontros com líderes de formações políticas com assento
parlamentar bem como com alguns titulares de órgãos de soberania, com o intuito
de se inteirar da situação do impasse político sobre a constituição da Mesa da
Assembleia Nacional Popular.
Solicitado a pronunciar-se sobre o encontro mantido com o Presidente da
República do Senegal, Macky Sall, o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira,
explicou que foi convidado informalmente pelo Chefe de Estado senegalês e que
durante o encontro mantido tiveram uma conversa “muito cordial”.
“Começamos por passar em revista aquilo que é a situação política na Guiné
e não só, bem como falámos também da situação política no Senegal. Como devem
saber essas expressões de inconformismos por parte da oposição não acontece só
na Guiné e acontece também no Senegal. Juntos manifestamos a nossa adesão aos
mecanismos democráticos para ultrapassar este tipo de questões”, contou.
“Sendo um Presidente da República, eu ouvi os conselhos que ele entendeu
partilhar comigo. Eu transmiti ao Presidente da República a disponibilidade do
PAIGC em trabalhar no sentido de criar os entendimentos possíveis que permitam
que esta legislatura não conheça os bloqueios que nós tivemos na nona
legislatura. Deixamos muito claro que a aplicação da lei não pode ser
condicionada a rigorosamente nada. Simplesmente dissemos ao Presidente Macky
Sall que se o Presidente da República da Guiné-Bissau interpretar corretamente
os anseios do povo guineense e avançar para a nomeação do Primeiro-ministro e
aceitar a formação do governo que o partido maioritário propor, isso facilitará
a criação de um ambiente de apaziguamento que seja favoravelmente aos consensos
necessários para que a legislatura seja realmente tranquila”, advertiu.
Notabanca; 14.05.2019
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