segunda-feira, 13 de maio de 2019

PUN CONSIDERA DE FALACIOSA JUSTIFICAÇÃO DO PR PARA NÃO NOMEAR PM PORQUE CHUMBO DE BRAIMA CAMARÁ NA ANP É POLÍTICA 
O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN),considerou hoje de enganador o argumento do Presidente da República que condiciona a nomeação do novo Primeiro-ministro com o entendimento na Assembleia Nacional Popular (ANP).
Idrissa Djaló falava hoje numa conferência de imprensa disse que não há crise no parlamento guineense, mas sim  a reprovação, através de uma votação dos deputados, do nome do coordenador do Movimento para Alternância Democrática (Madem-G-15), Braima Camará para as funções de  segundo vice-presidente do hemiciclo, que para assumir essa função  precisa dos votos de PAIGC e  seus aliados.
“Como rivais políticos, o Braima Camará e o seu movimento não podem esperar que depois de todo o conflito político que passaram, o PAIGC vai-lhe dar benefícios políticos ou prendas”, questionou Djalo para acrescentar que , “logicamente que não”, porque na política  cada um defende os seus interesses .
O político disse que o coordenador do Madem – G-15 controla o Presidente da República como uma marioneta, aceitá-lo como o segundo vice-presidente da ANP, estar-se-a a entregar a esta pessoa e o seu partido chaves do poder da Guiné-Bissau, o que não foi decidido nas urnas.
Para Djaló, o que está a acontecer no parlamento guineense não passa de um exercício da democracia.
Salientou que a ANP esta a funcionar, há uma maioria clara e uma mesa constituída e se o MADEM ainda duvida disso, que apresente, de novo, o nome de Braima Camará para a votação.
“Por razões simplesmente políticas os partidos da nossa aliança não vão votar. É tão simples ou seja não se trata de uma questão religioso ou tribal, trata-se da política, de pura política e isto é a democracia e um direito de cada deputado votar com a sua consciência e da sua crença política ”, frisou.
Questionado sobre qual será o passo seguinte para se sair do empasse político uma vez que José Mário Vaz na semana passada condicionou a nomeação do novo Chefe do Governo ao entendimento no parlamento Djaló reafirmou a sua posição de que não há crise na ANP,salientando que o Chefe do Estado uma vez no final do seu mandato tem medo do seu passado.
Referiu que José Mário Vaz tem a consciência de que no dia 23 de Junho deste ano termina o seu mandato e que vai ser confrontado com os crimes que já tinha cometido no passado que vão ser julgados porque até aqui esta a beneficiar da imunidade que vai acabar.
“Está perdido, e com medo. Esta a tentar, por todos os meios, provocar o caos no país”, afirmou Idrissa Djaló
O líder do PUN, um dos aliados do PAIGC, salientou ainda que está a espera que o Madem-G15 e o Partido da Renovação Social (PRS), enquanto partidos democráticos, se posicionem claramente sobre o funcionamento da democracia guineense, “porque assumiramm publicamente que as eleições são a única via para chegar ao poder na Guiné-Bissau”. 
Notabanca; 13.05.2019

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