O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN),considerou hoje de enganador o argumento do Presidente da República que condiciona a nomeação do novo Primeiro-ministro com o entendimento na Assembleia Nacional Popular (ANP).
Idrissa
Djaló falava hoje numa conferência de imprensa disse que não há crise no
parlamento guineense, mas sim a
reprovação, através de uma votação dos deputados, do nome do coordenador do
Movimento para Alternância Democrática (Madem-G-15), Braima Camará para as
funções de segundo vice-presidente do
hemiciclo, que para assumir essa função
precisa dos votos de PAIGC e seus
aliados.
“Como rivais
políticos, o Braima Camará e o seu movimento não podem esperar que depois de
todo o conflito político que passaram, o PAIGC vai-lhe dar benefícios políticos
ou prendas”, questionou Djalo para acrescentar que , “logicamente que não”,
porque na política cada um defende os
seus interesses .
O político
disse que o coordenador do Madem – G-15 controla o Presidente da República como
uma marioneta, aceitá-lo como o segundo vice-presidente da ANP, estar-se-a a
entregar a esta pessoa e o seu partido chaves do poder da Guiné-Bissau, o que
não foi decidido nas urnas.
Para Djaló,
o que está a acontecer no parlamento guineense não passa de um exercício da
democracia.
Salientou
que a ANP esta a funcionar, há uma maioria clara e uma mesa constituída e se o MADEM
ainda duvida disso, que apresente, de novo, o nome de Braima Camará para a
votação.
“Por razões
simplesmente políticas os partidos da nossa aliança não vão votar. É tão
simples ou seja não se trata de uma questão religioso ou tribal, trata-se da
política, de pura política e isto é a democracia e um direito de cada deputado
votar com a sua consciência e da sua crença política ”, frisou.
Questionado sobre
qual será o passo seguinte para se sair do empasse político uma vez que José
Mário Vaz na semana passada condicionou a nomeação do novo Chefe do Governo ao
entendimento no parlamento Djaló reafirmou a sua posição de que não há crise na
ANP,salientando que o Chefe do Estado uma vez no final do seu mandato tem medo
do seu passado.
Referiu que
José Mário Vaz tem a consciência de que no dia 23 de Junho deste ano termina o
seu mandato e que vai ser confrontado com os crimes que já tinha cometido no
passado que vão ser julgados porque até aqui esta a beneficiar da imunidade que
vai acabar.
“Está perdido,
e com medo. Esta a tentar, por todos os meios, provocar o caos no país”,
afirmou Idrissa Djaló
O líder do
PUN, um dos aliados do PAIGC, salientou ainda que está a espera que o Madem-G15
e o Partido da Renovação Social (PRS), enquanto partidos democráticos, se
posicionem claramente sobre o funcionamento da democracia guineense, “porque
assumiramm publicamente que as eleições são a única via para chegar ao poder na
Guiné-Bissau”.
Notabanca;
13.05.2019
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