O presidente do PAIGC e antigo primeiro-ministro falava na cerimónia da tomada de posse dos novos deputados do parlamento da Guiné-Bissau eleitos nas legislativas de 10 de março, que decorreu hoje numa unidade hoteleira em Bissau e que contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre os quais representantes da comunidade internacional.
"Nessa perspetiva, me inclino perante o povo guineense e a sua prova incessante de maturidade e resiliência ao aceitar o desafio de ultrapassar a transição, restaurar a soberania nacional e a normalidade constitucional", salientou Domingos Simões Pereira.
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Nas eleições do mês passado, o PAIGC elegeu 47 deputados para o parlamento guineense e anunciou uma coligação parlamentar e governamental com a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau, União para a Mudança e Partido da Nova Democracia, conseguido uma maioria de 54 deputados.
"Nesta sala improvisada em plenária da ANP (Assembleia Nacional
Popular), que mesmo modesta tenta reproduzir os requintes que a civilização
moderna convencionou para atos deste simbolismo e envergadura somos uma centena
de privilegiados, trajando os nossos melhores fatos, talvez adquiridos em
grandes butiques do mundo ocidental, tudo a condizer com a época que vivemos e
com os padrões universais do desenvolvimento", afirmou Domingos Simões Pereira.
O que não condiz, continuou o presidente do PAIGC, é o "facto de
estarem lá fora milhares que nos escutam e acompanham enquanto aguardam
ansiosos por sinais que possam dar-lhes consolo e a esperança de que estamos
aqui reunidos não por nós próprios, não para atendermos aos nossos egos de
elite urbana, mas para simbolizar cada mulher e cada homem desta sociedade e
Nação".
No discurso, Domingos Simões Pereira disse que é preciso que todos os deputados tenham consciência de que são "milhares os que se sentem excluídos desta perspetiva, quer seja pela saúde que não lhes chega, quer seja pela educação que lhes é sonegada, seja, sobretudo, pela falta de oportunidade num país rodeado de tantos ingredientes".
"A democracia tem esta magia, de nos colocar sempre de volta ao ponto de partida", sublinhou.
Notabanca; 18.04.2019
No discurso, Domingos Simões Pereira disse que é preciso que todos os deputados tenham consciência de que são "milhares os que se sentem excluídos desta perspetiva, quer seja pela saúde que não lhes chega, quer seja pela educação que lhes é sonegada, seja, sobretudo, pela falta de oportunidade num país rodeado de tantos ingredientes".
"A democracia tem esta magia, de nos colocar sempre de volta ao ponto de partida", sublinhou.
Notabanca; 18.04.2019
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