“É preciso e de forma incontornável que os partidos políticos e outros atores sociais implicados no processo respeitem e façam respeitar pela sua nobreza os valores e o código de conduta eleitoral, pois, eles constituem o barómetro que serve para determinar a qualidade que se pode atribuir a um processo eleitoral.”
A CNE recorda que, "a prática de determinados atos políticos nem sempre encontram um abrigo próprio na moldura jurídica é por essas razões que o valor de cada ato será aferido pelos balizamentos éticos (comportamento e atitudes) e respeito escrupuloso aos direitos e deveres consagrados no condigo de conduta eleitoral, legislação eleitoral e leis da república."
A importância dessa mensagem, tem como destinatário os atores político-partidários em disputa do poder político (governação).
A imprensa que deve informar com responsabilidade, isenção e evitar de confundir e manipular a opinião pública.
Exmos. Senhores Membros do Secretariado Executivo
Exmos. Senhores Membros Não Permanentes da CNE, em
representação de Partidos Políticos e Instituições Públicas
Exmos. Senhores Membros das Organizações da Sociedade
Civil
Distintos Convidados
Minhas Senhoras e meus Senhores,
Esta
mensagem por ocasião da Campanha Eleitoral, que terá o seu início amanhã,
sábado, dia 16 de Fevereiro, em todo o território nacional, convida-nos a uma
reflexão privilegiada, da nossa consciência social, face aos direitos e deveres
dos atores políticos e seus apoiantes.
A
eleição, obviamente, precedida da Campanha Eleitoral, se reveste de suma
importância no contexto das democracias modernas e representativas pautada
sempre na estrita observância dos princípios éticos e deontológicos.
A
Campanha Eleitoral é um exercício efetivo da cidadania, num quadro pluralista
de carater participativo, com estratégias claras e objetivas, através de planos
programáticos, visando a satisfazer as demandas públicas da sociedade, nas vertentes
de saúde, educação, energia, infraestruturas sociais, ambiente, entre ouras.
Essas
tarefas sociais que se pretende traduzir em compromissos políticos de
governação, exige antes demais aos atores políticos a se identificarem com os
valores e princípios ético-morais e o intrínseco respeito ao código de conduta
eleitoral.
É
preciso e de forma incontornável que os partidos políticos e outros atores
sociais implicados no processo respeitem e façam respeitar pela sua nobreza os
valores e o código de conduta eleitoral, pois, eles constituem o barómetro que
serve para determinar a qualidade que se pode atribuir a um processo eleitoral.
Minhas Senhoras e
meus Senhores
Distintos
convidados,
Apenas
para recordar, a prática de determinados atos políticos nem sempre encontram um
abrigo próprio na moldura jurídica é por essas razões que o valor de cada ato
será aferido pelos balizamentos éticos (comportamento e atitudes) e respeito
escrupuloso aos direitos e deveres consagrados no condigo de conduta eleitoral,
legislação eleitoral e leis da república.
A
importância dessa mensagem, tem como destinatário os atores político-partidários
em disputa do poder político (governação). A imprensa que deve informar com
responsabilidade, isenção e evitar de confundir e manipular a opinião pública.
Ao
Supremo Tribunal de Justiça na veste do Tribunal é a instituição competente
para decidir sobre o contencioso eleitoral.
Distintos
convidados
Minhas Senhoras e
meus Senhores,
O
exercício efetivo da cidadania no contexto pluralista de democracia, significa
antes, um processo participativo, com carater individual ou coletivo, que apela
a profunda reflexão e consequente ação sobre os problemas individuais ou da
sociedade.
Por
isso a campanha eleitoral que amanhã vai começar é o período eleitoral em que
os partidos e os seus candidatos se apresentam a população em busca de voto.
A
Guiné-Bissau é uma democracia representativa. O poder soberano, que reside no
povo, é delegado em cidadãos que o representam na tomada de decisões,
interpretando o sentir da população e respondendo as suas aspirações.
O
meio encontrado para escolher os governantes nacionais é a eleição.
A
Constituição da República Guineense estabelece os princípios gerais do sistema
eleitoral:
- Tem
direito a sufrágio todos os cidadãos maiores de 18 anos, salvo os casos de
incapacidade previsto na lei;
- Os
Partidos/Candidatos tem direito a meios específicos de campanha, nomeadamente a
tempo de antena na TV, Rádio, a espaços adicionais e a utilização de salas de
espetáculos e recinto público;
- Vigora
todo o tempo o princípio da liberdade de propaganda que se consubstancia na
liberdade de meios de conteúdos e propaganda;
- As
entidades públicas estão especialmente sujeitas a um dever imparcialidade e
neutralidade perante os candidatos;
- Os
órgãos de comunicação social estão vinculados a um dever de tratamento
jornalístico não discriminatório das candidaturas;
- Vigora
a proibição de divulgação de sondagem na véspera e no dia da realização do ato
eleitoral até o fecho das urnas;
- Vigora
o princípio de transparência e fiscalização das contas eleitorais;
- A
CNE cabe a tarefa de assegurar a igualdade de oportunidade de ação e propaganda
das candidaturas e promover esclarecimento objetivo dos cidadãos acerca dos
atos eleitorais.
- Compete
a CNE, assegurar o respeito intrínseco dos resultados eleitorais, sem prejuízo
de recurso as instâncias administrativas e judiciais competentes, para dirimir
litígios que possam ocorrer durante o processo;
- Aos
partidos políticos, devem abster-se de utilização de propaganda indecorosa e de
linguagem ou prática de atos que possam incitar o ódio, violência, desordem, a
guerra, a injúria ou difamação, ou qualquer ato que possa ofender os terceiros;
- Todos
os partidos signatários devem respeitar o código de conduta eleitoral, para
além das normas gerais da ética e conduta social, adotar uma postura e atitude,
que contribuam para afirmação, promoção e intrínseco respeito aos deveres
cívicos e patrióticos;
- Todas
as partes envolvidas no processo eleitoral devem empenhar e contribuir para que
a campanha decorra num ambiente de festa e de carnaval da democracia
participativa e inclusiva.
Minhas Senhoras e
meus Senhores
Distintos
convidados
População
guineense,
Em
nenhum momento por emoções e euforias da Campanha Eleitoral, devemo-nos
distrair e abdicar de defender os valores da paz, da independência nacional, da
integridade nacional, da unidade e reconciliação, da justiça social, da
dignidade humana e do compromisso do reforço da democracia pluralista.
Para
terminar, comprometo-me perante a Vossas Excelências, de que a igualdade de
oportunidade de ação e propaganda das candidaturas, assim como, promover
esclarecimento objetivo dos cidadãos acerca dos atos eleitorais é nossa tarefa
e ser-vos-á assegurar.
A
nossa democracia é representativa – o Poder Soberano que reside no povo e
delegado em cidadãos que o representam na tomada de decisões, interpretando o
sentido da população e responder as suas aspirações.
Esta
é a nobre missão que vos é confiada, distintos Partidos, esperemos que os
Programas Políticos sejam compatíveis aos anseios do povo e resgatar o país
rumo ao desenvolvimento equilibrado e sustentável.
“BU VOTO I BU DECISON”
Muito obrigado.
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