O porta-voz da comissão intersindical dos órgãos de comunicação social públicos guineenses, Cussa Sissé, disse hoje que vão estar em greve durante dez dias para exigir o cumprimento de um acordo assinado com o Governo em 2018.
Os funcionários da Radiodifusão Nacional (RDN), da
Agência Noticiosa da Guiné (ANG) e do jornal estatal "Nô Pintcha"
observam uma paralisação laboral até o dia 08 de fevereiro e se não houver uma
resposta do Governo às exigências dos sindicatos prometem uma nova greve geral.
De acordo com Cussa Sissé, a greve, de dez dias úteis,
serve para exigir do Governo a devolução aos funcionários dos órgãos públicos
os 40% de subsídios que lhes foram retirados no âmbito dos ajustes salariais
aos trabalhadores da Função Pública, o pagamento de três meses de subsídios em
atraso e ainda a melhoria de condições laborais.
Sissé
apontou a "forma deficiente" como tem vindo a trabalhar o centro
emissor de Nhacra, de onde são propagados para o resto do país, os sinais das
emissões da RDN, da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), dos canais África da Radio
e Televisão de Portugal (RDP e RTP) e ainda da Radio France Internacional
(RFI).
O responsável
sindical precisou que devido às avarias aquele centro, situado há 40
quilómetros de Bissau, apenas está a operar com um grupo eletrogéneo para o
fornecimento da corrente elétrica que alimenta os emissores, fazendo com que os
sinais estejam no ar das 10:30 da manhã às 22:30 minutos.
Cussa
Sissé indicou que o Governo "deve resolver o problema do centro emissor de
Nhacra", sobretudo, disse, agora que o país se prepara para realizar
eleições legislativas a 10 de março e as presidenciais, ainda em data a marcar,
mas também este ano.
O sindicato
de base da Televisão da Guiné-Bissau não aderiu à greve, ainda que tenha
assinado o acordo de compromisso com o Governo em agosto de 2018 e cuja falta
de implementação motivou a atual paralisação.
«A TGB
disse que tem um problema interno para resolver, por isso não aderiu à greve»,
afirmou Cussa Sissé.
O
presidente do sindicato dos trabalhadores da Televisão da Guiné-Bissau (TGB),
Domingos Gomes, anunciou o boicote à cobertura de notícias de partidos políticos
no país e ameaçou não cobrir a campanha para as legislativas de 10 de março se
persistir a censura na TGB.
Notabanca; 02.02.2019
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