sábado, 2 de fevereiro de 2019

RDN JORNAL NÔ PINTCHA E ANG EM GREVE DURANTE 10 DIAS ÚTEIS 
O porta-voz da comissão intersindical dos órgãos de comunicação social públicos guineenses, Cussa Sissé, disse hoje que vão estar em greve durante dez dias para exigir o cumprimento de um acordo assinado com o Governo em 2018.
Os funcionários da Radiodifusão Nacional (RDN), da Agência Noticiosa da Guiné (ANG) e do jornal estatal "Nô Pintcha" observam uma paralisação laboral até o dia 08 de fevereiro e se não houver uma resposta do Governo às exigências dos sindicatos prometem uma nova greve geral.
De acordo com Cussa Sissé, a greve, de dez dias úteis, serve para exigir do Governo a devolução aos funcionários dos órgãos públicos os 40% de subsídios que lhes foram retirados no âmbito dos ajustes salariais aos trabalhadores da Função Pública, o pagamento de três meses de subsídios em atraso e ainda a melhoria de condições laborais.
 Sissé apontou a "forma deficiente" como tem vindo a trabalhar o centro emissor de Nhacra, de onde são propagados para o resto do país, os sinais das emissões da RDN, da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), dos canais África da Radio e Televisão de Portugal (RDP e RTP) e ainda da Radio France Internacional (RFI).
 O responsável sindical precisou que devido às avarias aquele centro, situado há 40 quilómetros de Bissau, apenas está a operar com um grupo eletrogéneo para o fornecimento da corrente elétrica que alimenta os emissores, fazendo com que os sinais estejam no ar das 10:30 da manhã às 22:30 minutos.
 Cussa Sissé indicou que o Governo "deve resolver o problema do centro emissor de Nhacra", sobretudo, disse, agora que o país se prepara para realizar eleições legislativas a 10 de março e as presidenciais, ainda em data a marcar, mas também este ano.
O sindicato de base da Televisão da Guiné-Bissau não aderiu à greve, ainda que tenha assinado o acordo de compromisso com o Governo em agosto de 2018 e cuja falta de implementação motivou a atual paralisação.
 «A TGB disse que tem um problema interno para resolver, por isso não aderiu à greve», afirmou Cussa Sissé.
 O presidente do sindicato dos trabalhadores da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), Domingos Gomes, anunciou o boicote à cobertura de notícias de partidos políticos no país e ameaçou não cobrir a campanha para as legislativas de 10 de março se persistir a censura na TGB.
Notabanca; 02.02.2019

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