PAIGC DENUNCIA TENTATIVA DE
PARTIDOS COMPROMETER LEGISLATIVAS DE 10 DE MARÇO EM CONLUIO COM PR
O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira,
denunciou ontem a tentativa de alguns partidos e atores políticos da esfera
guineense de comprometer, “com a conivência do Presidente da República”, o
processo das legislativas de 10 de Março.
Numa
entrevista exclusiva à Inforpress, o líder PAIGC, que se encontra em Cabo Verde
no quadro da campanha para as eleições legislativas no seu país, assegurou que
todas as condições técnicas e materiais já estão criadas para o escrutínio, mas
que “os partidos políticos que se sentem inconfortáveis com as próximas decisões
das urnas tentem perturbar o calendário”.
“Não é a
data nem o período que está em causa, mas sim a falta de preparação dos
próprios partidos e atores políticos que contribuem para o comprometimento
deste processo, infelizmente com a conivência e participação do próprio
presidente da República, José Mário Vaz”, afirmou.
É que na
perspectiva do PAIGC, as eleições deveriam ter acontecido em Abril de 2018,
“normalmente num Estado de direito”, mas que foram, primeiramente adiadas para
18 de Novembro último, também inviabilizado, pelo que denuncia tentativas e
montagem com o propósito de pôr em causa o escrutínio deste primeiro trimestre
de 2019.
“Tecnicamente,
a Comissão Nacional de Eleições (CNE) já está preparada. Agora, alguns partidos
políticos reclamam que a taxa de recenseamento não atingiu a fasquia dos 100
por cento de eleitores”, sublinhou o entrevistado da Inforpress, que questiona
se existe país no mundo capaz de atingir esta cifra em termos do eleitorado.
O antigo
primeiro-ministro da Guiné-Bissau, que almeja reconquistar o “trono” perdido em
2015, reuniu-se hoje de manhã, na Cidade da Praia, com a Comissão Política do
PAIGC em Cabo Verde, onde inteirou-se do funcionamento da estrutura local,
dificuldades enfrentadas e o nível da organização da comunidade guineense.
Domingos
Simões Pereira considerou que a comunidade guineense radicada em Cabo Verde
encontra-se “bem estruturada e implantada”, ainda que, segundo ele, persista
alguns “desafios propícios da diáspora”.
Acredita o
líder do PAIGC que, “com trabalho, interacção bastante mais activa com as
autoridades cabo-verdianas, é possível ultrapassar os constrangimentos”.
No encontro
com a estrutura local, Domingos Simões Pereira apresentou a dinâmica do
panorama do trabalho do seu partido no terreno, com olhos postos nas
legislativas de 10 de Março, com o intuito de “convocar estrategicamente a
nação guineense a um plano de governação para médio e longo prazos”.
“Menos
atenção em questões materiais, mais capacidade de mobilização popular no
sentido de atender as principais expectativas dos cidadãos guineenses. Hoje não
há dívida que o PAIGC representa, de facto, a esperança do povo da Guiné”,
elucidou Domingos Simões Pereira, que condena qualquer tentativa da perturbação
do calendário eleitoral já estabelecido.
Nesta sua
visita de três dias a Cabo Verde, o presidente do PAICV, que ainda esta manhã
reuniu-se com o antigo presidente da República e presidente da Fundação Amílcar
Cabral, Pedro Pires, tem agendado uma visita ao Presidente da República, Jorge
Carlos Fonseca, que é também presidente em exercício da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa (CPLP).
Notabanca;
10.02.2019
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