Demissão dos dirigentes do PRS no atual Governo deixa executivo de Aristides Gomes com mais carga e vida para se respira.
Pelo que, PAIGC maior força política do país advertiu hoje em Bissau ao PRS que, nunca cederá perante as ameaças em abandonar atual Governo, anunciado pelos renovadores.
“Alguém que servia o PRS comida para se alimentar jamais tenha condição de o fazer. Porque este Governo não depende dele. Mas, queremos-lhes dizer que, com a vossa saída no Governo algo vai acontecer com os que permanecem nele, estão completamente enganados. PAIGC quer deixar aqui bem claro que nada acontecerá com o Governo, sofrer declínio”, garante João Bernardo Vieira.
Conforme Bernardo Vieira, a incoerência política é palavra de ordem dos membros do Governo do PRS e MADEM G-15: “Você é membro do Governo. Como pode fazer marcha contra esse Governo. Remar contra maré ao ponto de enviar relatório ao CEDEAO, contra próprio Governo que pertence.”
“Quando vimos as pessoas a ter este tipo de atitude, a conclusão à que chegamos é que elas estão desesperadas e frustradas por estarem cientes de que vão cair mais uma vez nas urnas”, afirmou o João Bernardo Vieira.
Por ouro
lado, PAIGC pede a demissão de Sola Na Inquilin Na Bitchita enquanto Presidente
da Comissão Parlamentar para Defesa da Mulher e Criança, alegando as ameaças de
espancamento proferidas recentemente contra uma mulher.
O pedido foi
feito hoje em conferência de imprensa dada pelo porta-voz do partido, João
Bernardo Vieira, em jeito de análise à actual situação política, sobretudo do
recenseamento eleitoral em curso, bem como do conteúdo da conferência de
imprensa realizada na semana passada por um grupo de partidos políticos que
contestam o registo eleitoral.
Aquele
político disse que o país não se constrói com violência e que no passado o
PAIGC lutou pela libertação da Guiné-Bissau e actualemente o seu partido está
disposto a lutar contra a ignorância, fome e acabar com as doenças.
Quanto a
ameaça de abandonar o governo caso o Presidente da República não demita a
ministra da Administração Territorial, Ester Fernandes, o porta-voz do PAIGC
disse não surpreender ninguém, justificando que ao longo dos setes meses deste
Governo verificaram-se muitos cenários em que as pessoas participam na tomada
de algumas medidas na plenária de Conselho de Ministros e depois fazem o
contrário.
Acusou o PRS
de coadunar com as declarações de Sola Na Inquilin Na Bitchita, questionando
como é que um partido que almeja dirigir o país quer que as mulheres sejam
espancadas.
Nesta
conferência de imprensa o parta voz do PAIGC disse ainda que já é tempo do Presidente
da República fixar a data das eleições legislativas, porque já se recenseou
cerca de 90 por cento dos cidadãos com capacidade eleitoral e que não acredita
que o chefe de Estado guineense vai esperar depois da realização da Conferência
de chefes de Estado e do Governo da CEDEAO que se realiza a 22 de Dezembro para
marcar a data.
João
Bernardo Vieira disse que as irregularidades no recenseamento denunciadas pelo
conjunto de partidos e a intenção dos alguns partidos em avançar com uma
previdência cautelar, servem apenas para atrasar o processo e consequentemente
prolongar o escrutínio, por não estarem preparados para ida às urnas.
A oferta que
o Presidente Mário Vaz fez aos Presidentes de algumas organizações sindicais
não escapou as críticas do porta-voz do PAIGC, qualificando ainda de “fufafu”
as ideais defendidas por José Mário Vaz, nomeadamente do “dinheiro de Estado no
cofre de Estado e combate a corrupção”.
“Isto não
nos surpreende. Este próprio é José Mário Vaz. Tenta cobrir as mãos com o céu
que tudo está bem, quando no fundo, tudo está sujo com cheiro desagradável,” afirmou
Vieira.
O político
condena a pressão exercida pelo Presidente Mário aos técnicos timorenses para descredibilizar
o processo de recenseamento eleitoral para beneficiar os seis apoiantes.
“Isto
demonstra que as pessoas estão frustradas e não querem ir às eleições. O PAIGC
está preparado porque PAIGC que conhece melhor o caminho do desenvolvimento
almejado pelos guineenses”.
Notabanca; 05.12.2018
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