quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

“A TAXA DE ELETRIFICAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA CONTINUAM DEFICITÁRIAS NO PAÍS” 
O ministro da Energia, Indústria e Recursos Naturais afirmou que a taxa de eletrificação e do consumo da energia eléctrica continuam extremamente deficitária no país.
António Serifo Embaló que falava hoje na cerimónia de abertura da primeira Conferência Internacional sobre Energia Sustentável na Guiné-Bissau, disse que essa situação conduz cada vez mais à pressão sobre as florestas para alimentar as necessidades das populações em energia que assenta essencialmente na utilização da biomassa.
“Isso provoca a exploração irracional da lenha e carvão provocando enorme impacto negativo no equilíbrio do ambiente”, frisou o governante.




Serifo Embaló disse que o país tem que enveredar, em definitivo, para a produção de energias renováveis, recorrendo as fontes da energia hidráulica, solar e eólica. 



Disse que qualquer país que se quer desenvolver tem na energia um pré-requisito indispensável e sem a qual não consegue atingir esse desiderato.



“Sem o acesso à energia fiável e a um preço acessível dificilmente o país poderá encorajar o investimento, particularmente do sector privado e da indústria conducentes a transformação dos nossos produtos agrícolas em particular o caju e assim gerar um emprego para a juventude”, destacou.



O governante afirmou que a realização da Conferência Internacional sobre Energias Sustentáveis na Guiné-Bissau, certamente irá criar condições e apontar melhores caminhos que permitam a definição das políticas nacionais sobre as energias renováveis.



Por sua vez, a Diretora Executiva da Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER), contou que iniciaram esse trabalho há um ano, com a redacção do relatório nacional sobre o ponto de situação das energias renováveis e deficiência energética.



Isabel Cancela de Abreu explicou que seguidamente em Maio passado organizaram em Lisboa um Workshop de Investimento em energia sustentável na Guiné-Bissau e que funcionou como um evento preparatório desta Conferencia.



“Na verdade precisaremos da contribuição de todos para que a Guiné-Bissau possa cumprir as suas metas ambiciosas e aumentar a taxa de eletrificação dos atuais 15 por cento para os 81 em 2030, com uma contribuição de 75 por cento das energias renováveis”, almejou. 



Ao sector privado, prosseguiu, Isabel Cancela de Abreu fez um apelo para se investir e desenvolver projetos de energias sustentáveis no país.



Ao Governo pediu igualmente para que crie condições e facilite a participação do sector privado.



 “É verdade que que isso pode ser um desafio para todas as partes, mas podem contar com a Associação Lusófona das Energias Renováveis (ALER), de forma a trabalharmos em conjunto”, disse.



Segundo Isabel Abreu, a ALER, criada há quatro anos, pretende criar uma plataforma para a troca de informações e geração de consensos, constituindo a voz comum das energias renováveis na lusofonia.



A Conferência Internacional sobre Energia Sustentável na Guiné-Bissau termina na sexta-feira e conta com 170 participantes.

Notabanca; 06.12.2018

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