O ministro da Energia, Indústria e Recursos Naturais afirmou que a taxa de eletrificação e do consumo da energia eléctrica continuam extremamente deficitária no país.
António Serifo Embaló que falava hoje na cerimónia de abertura da primeira Conferência Internacional sobre Energia Sustentável na Guiné-Bissau, disse que essa situação conduz cada vez mais à pressão sobre as florestas para alimentar as necessidades das populações em energia que assenta essencialmente na utilização da biomassa.
“Isso provoca a exploração irracional da lenha e carvão provocando enorme impacto negativo no equilíbrio do ambiente”, frisou o governante.
Serifo
Embaló disse que o país tem que enveredar, em definitivo, para a produção de
energias renováveis, recorrendo as fontes da energia hidráulica, solar e
eólica.
Disse que
qualquer país que se quer desenvolver tem na energia um pré-requisito
indispensável e sem a qual não consegue atingir esse desiderato.
“Sem o
acesso à energia fiável e a um preço acessível dificilmente o país poderá
encorajar o investimento, particularmente do sector privado e da indústria
conducentes a transformação dos nossos produtos agrícolas em particular o caju
e assim gerar um emprego para a juventude”, destacou.
O governante
afirmou que a realização da Conferência Internacional sobre Energias
Sustentáveis na Guiné-Bissau, certamente irá criar condições e apontar melhores
caminhos que permitam a definição das políticas nacionais sobre as energias
renováveis.
Por sua vez,
a Diretora Executiva da Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER),
contou que iniciaram esse trabalho há um ano, com a redacção do relatório
nacional sobre o ponto de situação das energias renováveis e deficiência
energética.
Isabel
Cancela de Abreu explicou que seguidamente em Maio passado organizaram em
Lisboa um Workshop de Investimento em energia sustentável na Guiné-Bissau e que
funcionou como um evento preparatório desta Conferencia.
“Na verdade
precisaremos da contribuição de todos para que a Guiné-Bissau possa cumprir as
suas metas ambiciosas e aumentar a taxa de eletrificação dos atuais 15 por
cento para os 81 em 2030, com uma contribuição de 75 por cento das energias
renováveis”, almejou.
Ao sector
privado, prosseguiu, Isabel Cancela de Abreu fez um apelo para se investir e
desenvolver projetos de energias sustentáveis no país.
Ao Governo
pediu igualmente para que crie condições e facilite a participação do sector
privado.
“É verdade que que isso pode ser um desafio
para todas as partes, mas podem contar com a Associação Lusófona das Energias
Renováveis (ALER), de forma a trabalharmos em conjunto”, disse.
Segundo
Isabel Abreu, a ALER, criada há quatro anos, pretende criar uma plataforma para
a troca de informações e geração de consensos, constituindo a voz comum das
energias renováveis na lusofonia.
A
Conferência Internacional sobre Energia Sustentável na Guiné-Bissau termina na
sexta-feira e conta com 170 participantes.
Notabanca;
06.12.2018
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