quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

EMÍLIO KAFFT COSTA LANÇA LIVRO “SISTEMAS DE GOVERNO NA LUSOFONIA” 
O escritor guineense e docente da Faculdade de Direito de Portugal Emílio Kafft Costa lançou esta semana mais um livro cujo tema é “Sistema de Governo na Lusofonia: Zonas de Relações de Poder”.
Falando no acto do lançamento do  livro, Kafft Costa disse citando Carl Iaspel que as certezas pessoais nunca devem ser absolutas a ponto de impor a outrem as mesmas, salientando que a vida do homem é curta  na terra por isso tem um testemunho a deixar.
“Trata-se de uma monografia que será no presente ano lectivo elemento auxiliar de estudo para os meus alunos do curso de mestrado científico do Direito Constitucional na Faculdade de Direito da universidade de Lisboa cujo tema de investigação é o direito constitucional comparado lusófono “explicou.




Kafft Costa disse que não podia escolher outro tema, salientando que a ideia era lançar o livro desde o mês de Setembro para que os alunos o pudessem tê-lo, mas que  as vicissitudes não permitiram que a editora o consiga publicar.



Para o escritor, o livro tem a virtude de servir o cultor do direito constitucional geral, da ciência política, da metodologia de investigação científica o autor político e cidadão consciente do seu dever de participar na conformação da vida politica, da cidade e do Estado.



“Esta primeira parte da investigação reforçou a ideia que já tínhamos. Por correcta que é há necessidade de mais um outro olhar para o fenómeno de sistema de governo, onde a observação vai ser um passo importante e complementar para desenvolver e finalizar a segunda parte deste trabalho ou seja o segundo volume”, disse.



O professor universitário disse ainda que não existe uma categoria pura de sistema de Governo semi-presidencial, salientando que reafirma a sua pré-compreensão que tinha a ver com a ideia uma família constitucional lusófona e depois de analisar ao fundo chegou-se a  conclusão de que não existe, mas que é um desejo .



Kafft Costa disse que a sua proposta para o assunto é de reunir uma extensa mancha de sistema de governos mistos entre os sistemas presidencialistas e parlamentaristas, salientando que precisa-se discutir o sistema que se quer implantar e se os princípios da separação de poderes, do estado do direito não foram respeitados, por mais minimalistas que sejam a visão de estado de direito não ira firmar aquele sistema do governo.



“Fala-se muitas vezes do sistema Presidencialismo, mas desconfio que muitos não sabem o que é, porque pensam que é uma espécie de sistema em que o Presidente pode nomear ou exonerar o Primeiro-ministro quando quiser, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o Procurador- Geral da República, e fazer de uma espécie de cão, uma vez estimulado ataca ou não ataca ou seja, investiga ou arquiva esta categoria não entra em nenhum dos sistemas que vimos, ou seja passa a ser Absolutismo”, disse.



Notabanca; 27.12.2018

1 comentário:

  1. Se fizermos a comparação entre duas realidades(Guiné-Bissau e Portugal) e o nível de desenvolvimento que uma atingiu, dá para questionar:qual é o primeiro factor promotor desse desenvolvimento? E, porque os políticos Guineenses não têm noções mínimas de o que é educação? Porquê que somos Estado soberano e independente? Só sabem de proveitar de Estado para o privado. Imagine, Kafft Costa a licionar em Portugal, na faculdade de direito, será que a Guiné-Bissau não a tem?

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