quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

GREVE PARALISA SERVIÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS ENQUANTO CITADINOS EXIGEM ENTENDIMENTO
Alguns citadinos guineenses exigiram hoje o entendimento entre o governo  e a Confederação Nacional das Associações dos Sindicatos de Motoristas e Transportadores da Guiné-Bissau (CNASMTGB), como forma de permitir a retoma de funcionamento normal dos transportes públicos.
Numa auscultação feita pela ANG, o funcionário público Carlos dos Reis disse que se tudo continuar assim, o próprio país perde economicamente, devido a fraca produtividade dos funcionários públicos assim como nas pequenas actividades comerciais que geram receitas para o Estado.



Disse que o governo deve procurar uma maneira legal de negociar com a CNASMTGB para que a referida paralisação não afecte ainda mais a população nas suas actividades de dia a dia. 
   
Por seu turno, a peixeira Irene Gomes realçou que a  paralisação dos transportes públicos está á afectar muito os trabalhos diários das mulheres peixeiras, assim como daqueles que produzem  noutros sectores para sobreviverem com os familiares.
Para o estudante Universitário Nuno da Silva, morador do bairro de Cuntum Quelelé, não foi nada fácil hoje o percurso que fez para chegar à escola, acrescentando  que muitos não conseguiram ir para as aulas devido a paralisação dos transportes públicos, o que o estudante classificou de  mau para o rendimento do país em todos os aspectos.

Salinha Midana Fonseca, pequena comerciante de água de saco de plástico, lamentou a paralisação dos transportes públicos nomeadamente “Toca-Tocas”, “Taxis” .

Salinha disse que,  com a movimentação dos transportes públicos é que consegue vender a água a assegurar a  sua sobrevivência. 

A greve foi convicada para três dias, e as partes, o governo e representantes da Confederação de motoristas estão em negociações para se chegar a um entendimento que possa levar a suspensão da greve.

Os motoristas reinvindicam o cumprimento dos compromissos assumidos pelo governo nomeadamente sobre a criação de um guiché único de pagamento das multas, a redução das operações Stop e das taxas de impostos que incidem sobre os transportes públicos.
Notabanca; 20.12.2018

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