O Presidente guineense, propôs 10 de março para a realização das eleições legislativas na Guiné-Bissau.
A tudo vai depender da CEDEAO, organização sub-regional
que monitora todo o processo eleitoral no país.
Segundo José Mário Vaz, a data foi sugerida pelo
Governo em concertação com a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Gabinete
Técnicos de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE).
Notabanca soube que, Presidente da República apresentou
aos partidos políticos na auscultação, três proposta a saber.
01-Anular o processo de recenseamento eleitoral.
02-Mandar fazer novos cartões.
Dentre as propostas
avançadas pelos partidos políticos, constam a continuação do actual processo de
recenseamento, a segunda tem a ver com a sua anulação e a terceira proposta
passa pela produção de novos cartões de recenseamento.
A saída do referido
encontro, o líder do Partido da Unidade Nacional, Idrissa Djalo destacou o que
considera ser o mais grave, que é a exibição pelo Presidente da República de um
cartão de eleitor com três caras, e uma outra de uma pessoa que se recenseou em
Bissau mas que reside em Amadora/Portugal.
Segundo o líder do PUN, “o
Presidente da República está a complicar o processo de recenseamento assumindo
posições que a Constituição não lhe dá, ou seja, está paulatina e metodicamente
a precipitar a Guiné-Bissau para graves problemas”, o que considera de indigno
para um Chefe de Estado.
Por sua vez, Califa Seidi,
em nome do Partido Africado d Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),
disse que o Presidente da República chamou os partidos para ouvir as suas
opiniões em relação ao andamento do recenseamento, mas que “ lamentavelmente o
encontro não contou com a presença do Governo ou do Primeiro-ministro”.
Sobre as propostas do chefe
de Estado disse o seu partido, oportunamente, vai pronunciar.
“Como todos sabem o
recenseamento eleitoral é da exclusiva competência do Governo e não do Chefe de
Estado”, disse acrescentando que o Presidente da República não quis falar mesmo sobre o despacho do
Procurador-geral da República, “o que
demonstra claros indícios de que há um mal-estar entre a Presidência e a
Primatura.
“O PAIGC fez representar no
encontro porque compete ao Presidente da República de ponto de vista
constitucional e legal fixar a data das eleições ouvindo o Governo, partidos
políticos e a Comissão Nacional de Eleições”,referiu.
O político disse que o
PAIGC quer eleições em finais de Janeiro ou princípio de fevereiro de 2019.
.
Em nome do Partido da
Renovação Social (PRS), Sola Na Inquilim disse
que nas três propostas apresentadas a melhor para o PRS é aquela que vai
permitir fazer a correção dos erros ou seja a troca dos cartões.
“Como devem saber, os
cartões actuais apresentam três características. Há cartões com duas ou três
caras. Outros que não têm impressões digitais. E há os que de facto contem
impressões digitais, para um mesmo recenseamento e as mesmas eleições”,disse.
Segundo Sola, para não
continuar na mesma situação depois das eleições ou piorar, o PRS apoia a ideia de que os actuais cartões
devem ser mudados para os mais credíveis.
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