Nuno Na Biam, presidente da APU-PDGB, partido sem representação parlamentar, exigiu na última semana a Alberto Nambeia, presidente do principal líder da oposição na Guiné-Bissau, o PRS, a saída do Governo de Aristides Gomes.
A imposição está foi discutida na manhã de hoje, pela Comissão Política Nacional do PRS, em Bissau. Ao que a e-Global apurou, a imposição de Na Biam não é consensual dentro do próprio PRS, sendo vista por muitos dos membros da comissão política como uma ingerência nos assuntos dos Renovadores.
Por isso, a aceitação da decisão irá colocar Alberto Nambeia numa posição de fragilidade interna, quando o líder tem já em mãos vários focos de instabilidade partidária fruto do último Congresso do partido e da decisão de preterir Florentino Mendes Pereira, Secretário-Geral do partido, em favor de Malam Sambú, embaixador na China e principal financiado da campanha do PRS, como candidato oficial do partido a Primeiro-Ministro nas próximas eleições legislativas.
Por outro lado, e de acordo com várias fontes da comissão política contactadas, a cedência de Nambeia à exigência de Na Biam é vista como um sinal de que o líder do PRS pretende apoiar a candidatura presidencial do líder da APU-PDGB, situação que levará a novos focos de instabilidade entre os potenciais candidatos às mesmas eleições do próprio partido, como Artur Sanhá, Certório Biote ou Sory Djaló.
A saída do PRS do Governo terá como
consequência imediata a entrada numa nova fase da crise política guineense, que
afectará não só a continuidade do actual Governo RGB, como também a data
das eleições legislativas.
No início da semana, uma visita de uma delegação ministerial da CEDEAO congratulou-se com os esforços do Governo para a realização de eleições em 2018.
No ano passado, a mesma CEDEAO impôs sanções a várias personalidades guineenses, nomeadamente a elementos do PRS e ao filho do PR Jomav, por considerar que os mesmos estavam a bloquear a obtenção de um acordo com vista à definição da data das eleições legislativas.
Notabanca; 07.11.2018
No início da semana, uma visita de uma delegação ministerial da CEDEAO congratulou-se com os esforços do Governo para a realização de eleições em 2018.
No ano passado, a mesma CEDEAO impôs sanções a várias personalidades guineenses, nomeadamente a elementos do PRS e ao filho do PR Jomav, por considerar que os mesmos estavam a bloquear a obtenção de um acordo com vista à definição da data das eleições legislativas.
Notabanca; 07.11.2018
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