A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO), a União Africana e ONU apelaram hoje a «esforços renovados» da
Guiné-Bissau para garantir a realização a «tempo e em condições de
transparência» das legislativas de 18 de novembro.
«As três organizações apelam a esforços renovados para
garantir a realização, a tempo e nas condições de transparência, regularidade e
de credibilidade, das eleições legislativas de 18 de novembro de 2018, que
permitirão a renovação da Assembleia Nacional Popular», referem em comunicado.
O comunicado
está datado de Abuja, sede da CEDEAO, Addis Abeba, onde está a sede da União
Africana e de Nova Iorque, onde está instalada a sede da ONU.
No
documento, as três organizações «instam todas as partes interessadas a
trabalhar no sentido de criar as condições necessárias para o bom andamento do
processo eleitoral».
«A esse
respeito, enfatizam o imperativo de preservar a estabilidade institucional e
governamental, de modo que todos os esforços sejam dedicados ao bom andamento
das eleições. O interesse da Guiné-Bissau deve prevalecer sobre todas as outras
considerações», sublinham a CEDEAO, a União Africana e a ONU.
As três
organizações apelam também aos países africanos e à comunidade internacional
para «mobilizarem os recursos e os meios logísticos necessários para o bom
andamento do processo eleitoral» e agradecem o apoio já prestado pela
Nigéria e pelos parceiros bilaterais e multilaterais.
O processo
eleitoral em curso na Guiné-Bissau tem provocado fortes críticas dos partidos
sem assento parlamentar, do Partido de Renovação Social, segunda força política
do país e que faz parte do atual Governo, e da sociedade civil, que têm pedido
que as legislativas sejam adiadas.
Em causa
está, essencialmente, o recenseamento eleitoral que não decorreu entre 23 de
agosto e 23 de setembro, como previsto, devido a atrasos na chegada dos
equipamentos para recenseamento biométrico.
Notabanca;
26.10.2018
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