Os criadores de bovinos no norte da Guiné-Bissau denunciaram à Lusa que há cada vez mais ladrões a utilizar armas de fogo, incluindo AK-47, nos assaltos aos currais para roubarem gad
Os criadores de bovinos no norte da Guiné-Bissau denunciaram à Lusa que há
cada vez mais ladrões a utilizar armas de fogo, incluindo AK-47, nos assaltos
aos currais para roubarem gado.
Mamadu Camará, Aladje Seidi e Mando Camará, três criadores do gado na aldeia de Mandigará, no centro/norte da Guiné-Bissau, disseram à Lusa que o parlamento, “de tantas leis que cria” devia providenciar uma contra o roubo do gado, porque, dizem, caso contrário “o país poderá ter problemas”.
“A situação está muito perigosa. Os ladrões estão armados até aos dentes, todos eles com AK 47”, enfatizou Mamadu Camará.
Mamadu Camará, Aladje Seidi e Mando Camará, três criadores do gado na aldeia de Mandigará, no centro/norte da Guiné-Bissau, disseram à Lusa que o parlamento, “de tantas leis que cria” devia providenciar uma contra o roubo do gado, porque, dizem, caso contrário “o país poderá ter problemas”.
“A situação está muito perigosa. Os ladrões estão armados até aos dentes, todos eles com AK 47”, enfatizou Mamadu Camará.
Questionado sobre como é possível que as AK 47 (armas do uso exclusivo das
Forças Armadas guineenses) estejam nas mãos de ladrões, Camará, que se assume
como veterano da luta armada pela independência, defendeu que aquelas
desapareceram dos paióis a seguir ao conflito político-militar de 1998.
Aladje Seidi, que também disse ser veterano de guerra, reforça as alegações
de Camará e apresenta detalhes da situação.
“Alguém entra no teu curral, furta-te o teu gado e se reagires, abre fogo
contra ti”, explicou Seidi, atual chefe da tabanca (aldeia) de Mandigará.
Antigamente, disse Mando Camará, outro criador do gado, o ladrão que fosse
descoberto pelo dono do curral fugia, “mas agora é o confronto, que até pode
originar a morte”.
“Todos os dias chegam-nos relatos de que ladrões abriram fogo contra
criadores do gado numa tabanca qualquer nesta nossa zona”, observou Mamadu
Camará.
“Só no ano passado, os ladrões levaram-me três bois”, disse Camará, exortando
os deputados do país a aprovarem uma lei urgente para evitar “problemas nas
tabancas”.
Na sexta-feira, ladrões da aldeia de Augusto Barros, na zona de Bula, norte
da Guiné-Bissau, envolveram-se numa troca de tiros com a polícia.
O incidente provocou 20 feridos, entre os quais seis com gravidade.
Cerca de 70 pessoas da aldeia encontram-se sob custódia da polícia para
interrogatórios.
Notabanca; 16.10.2018
Sem comentários:
Enviar um comentário