domingo, 16 de setembro de 2018

“PEREGRINOS FORAM ENVIADOS À MECA DE FORMA “DESUMANA”, DIZ MESTRE CAUSO BALDÉ 
“As pessoas devem abdicar de misturar a política com assuntos de religião, tanto para os muçulmanos como para católicos, entre outros, para sermos um só e rezarmos para o progresso do país, e para que Deus nos ofereça dirigentes com ambição de desenvolver o país”, declarou.
O líder religioso guineense, mestre Causo Baldé, lamentou a forma que considera “desumana” como os peregrinos guineenses foram enviados para o lugar santo de Meca.
Causo Baldé foi um dos 245 peregrinos guineenses que regressaram ao país na quinta-feira proveniente de Meca.
Em conferência de imprensa realizada hoje para informar a opinião pública nacional sobre o balanço das suas estadas em Meca, revelou que os peregrinos passaram enormes sofrimentos nos lugares santos, que deixam qualquer pessoa revoltada.

“A maioria dos peregrinos foi enviados para a Meca sem dinheiro de bolso para custear as despesas de alimentação entre outras. A dieta alimentar inadequada de que foram submetidas em Meca, complicou a saúde de muitos fiéis muçulmanos. Nem vale pena falar de apoios que prestei aos meus colegas peregrinos por causa de Deus”, revelou.



O mestre Causo Baldé sublinhou que os peregrinos guineenses voltaram ao país muito revoltados com a forma como foram tratados em Meca.



“As pessoas devem abdicar de misturar a política com assuntos de religião, tanto para os muçulmanos como para católicos, entre outros, para sermos um só e rezarmos para o progresso do país, e para que Deus nos ofereça dirigentes com ambição de desenvolver o país”, declarou.



Revelou que os peregrinos guineenses sofreram enormes dificuldades em lugares santos, desde falta de alimentação, assistência média e medicamentosa, acrescentando que muitos foram para a Meca sem um tostão em dinheiro.



“Normalmente, cada peregrino tem o direito de subsídio de bolsa concedida para fazer as suas despesas pessoais. Recordo os anos anteriores em que cada peregrino tinha o seu subsídio de bolsa o que não aconteceu no presente ano”, disse.



Causo Baldé referiu que houve dois peregrinos que morreram porque não aguentaram os enormes sacrifícios de baixo de uma temperatura acima dos 50 graus.



“Apelo à pessoas para deixarem de procurar dinheiro e fazer negócios em nome de Deus e à custa dos outros porque aquele dinheiro não lhes servirá para nada”, disse Causo Baldé.

Aonde está o Comissário Nacional para a Peregrinação, Botche Candé que foi conferido com um certificado de mérito. Que coisa é esta!... Enganar opinião pública é isso? Sinto muito!

Notabanca; 16.09.2018

1 comentário:

  1. Na Guiné-Bissau é importante e mesmo urgente separar a religiao do estado, sobretudo no concernante a religiao islamica e, para isso, convinha que as Associacoes islamicas, em especial a Associaçao dos Imames da Guiné-Bissau que é suposto congregar todas as outras Associacoes no pais, assumisse a organizaçao da peregrinaçao, incluindo a receçao e distribuiçao das bolsas atribuidas ao pais, no Quadro das peregrinaçoes anuais que sao doadas por paises arabes para facilitar a deslocaçao dos fieis muçulmanos a cidade santa de Meca. Pela constituiçao da Guiné-Bissau o nosso estado é laico e, como tal, nao deveria interferir na area da religiao. Deve-se por fim ao aproveitamento ilicito e fraudulento que os politicos no poder fazem relativamente a organizaçao de eventos e distribuiçao de benesses sem falar da manipulaçao dos espiritos e de pessoas mal informadas esperando retirar beneficios e dividendos politicos.

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