O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, defendeu hoje que a
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa “devia evoluir para além” do aspeto
que dominou a criação da organização, que é a promoção da cultura e língua.
Em entrevista à agência Lusa e à RTP África, o chefe do Governo analisou o que foi a presidência brasileira e antecipou o que poderá vir a ser o desempenho de Cabo Verde à frente da organização que congrega nove países.
Para Aristides Gomes, a CPLP “deve evoluir tendo em conta os problemas económicos dos países”, criando facilidades nas trocas comerciais, para buscar proveito económico e distribuição de riquezas entre os povos lusófonos.
“Em termos de perspetiva, acho que devíamos evoluir para além do aspeto dominante no momento da criação, a cultura, o desenvolvimento da nossa língua comum, que é o português”, sublinhou Aristides Gomes.
Tomando esse caminho, a CPLP estaria a seguir aquilo que é a tendência mundial atualmente, notou o primeiro-ministro, para frisar ser impossível deixar de lado a questão económica na “rentabilização da cooperação internacional”.
“Todas as organizações internacionais estão condenadas a ter em conta o atual ritmo da mundialização das economias”, salientou o chefe do Governo guineense, que considerou positiva a presidência rotativa brasileira, iniciada em 2016 e que agora vai ser assumida por Cabo Verde.
Em relação ao futuro, Aristides Gomes disse ser “preciso e desejável” que o desenvolvimento da cooperação entre os países lusófonos seja perspetivado em termos de trocas comerciais, por ser, defendeu, “o único caminho que permite o estreitamento cada vez mais da cooperação”.
Gomes adiantou que a Guiné-Bissau “está a trabalhar” no sentido de apresentar um nome para a direção executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), na XII cimeira de chefes de Estado e de Governo, que vai ter lugar na terça e na quarta-feira, na ilha do Sal, em Cabo Verde.
“Estamos a trabalhar para apresentarmos um candidato que tenha uma competência no domínio da linguística”, disse o chefe do executivo guineense.
Aristides Gomes defendeu ainda, por uma questão de princípio, que a CPLP deveria ter uma representação em todos os países que integram a organização, como, disse, acontece com outros espaços de concertação.
Essas representações “seriam espaços de estruturação, de reflexão de propostas comuns” não só no domínio da promoção da língua portuguesa, “mas também de estreitamento de cooperação económica”, destacou o líder do Governo guineense.
Aristides Gomes respondia desta forma à pergunta sobre se a Guiné-Bissau vai solicitar, na cimeira de Cabo Verde, um representante da organização em Bissau.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Notabança; 16.07.2018
Em entrevista à agência Lusa e à RTP África, o chefe do Governo analisou o que foi a presidência brasileira e antecipou o que poderá vir a ser o desempenho de Cabo Verde à frente da organização que congrega nove países.
Para Aristides Gomes, a CPLP “deve evoluir tendo em conta os problemas económicos dos países”, criando facilidades nas trocas comerciais, para buscar proveito económico e distribuição de riquezas entre os povos lusófonos.
“Em termos de perspetiva, acho que devíamos evoluir para além do aspeto dominante no momento da criação, a cultura, o desenvolvimento da nossa língua comum, que é o português”, sublinhou Aristides Gomes.
Tomando esse caminho, a CPLP estaria a seguir aquilo que é a tendência mundial atualmente, notou o primeiro-ministro, para frisar ser impossível deixar de lado a questão económica na “rentabilização da cooperação internacional”.
“Todas as organizações internacionais estão condenadas a ter em conta o atual ritmo da mundialização das economias”, salientou o chefe do Governo guineense, que considerou positiva a presidência rotativa brasileira, iniciada em 2016 e que agora vai ser assumida por Cabo Verde.
Em relação ao futuro, Aristides Gomes disse ser “preciso e desejável” que o desenvolvimento da cooperação entre os países lusófonos seja perspetivado em termos de trocas comerciais, por ser, defendeu, “o único caminho que permite o estreitamento cada vez mais da cooperação”.
Gomes adiantou que a Guiné-Bissau “está a trabalhar” no sentido de apresentar um nome para a direção executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), na XII cimeira de chefes de Estado e de Governo, que vai ter lugar na terça e na quarta-feira, na ilha do Sal, em Cabo Verde.
“Estamos a trabalhar para apresentarmos um candidato que tenha uma competência no domínio da linguística”, disse o chefe do executivo guineense.
Aristides Gomes defendeu ainda, por uma questão de princípio, que a CPLP deveria ter uma representação em todos os países que integram a organização, como, disse, acontece com outros espaços de concertação.
Essas representações “seriam espaços de estruturação, de reflexão de propostas comuns” não só no domínio da promoção da língua portuguesa, “mas também de estreitamento de cooperação económica”, destacou o líder do Governo guineense.
Aristides Gomes respondia desta forma à pergunta sobre se a Guiné-Bissau vai solicitar, na cimeira de Cabo Verde, um representante da organização em Bissau.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Notabança; 16.07.2018
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