A presidente da plataforma política das mulheres (PPM) guineenses, Silvina Tavares, entregou, esta quinta-feira, ao líder do parlamento, Cipriano Cassamá, um anteprojeto de lei que esperam venha a ser adotado, permitindo que a próxima legislatura tenha pelo menos 40% de deputadas.
Atualmente, o parlamento guineense, composto por 102 deputados, conta com 14 mulheres.
A presidente
da PPM, entidade integrada por organizações sociais e políticas de mulheres,
disse aos jornalistas que Cipriano Cassamá prometeu sensibilizar as bancadas
parlamentares sobre a necessidade de o tema ser agendado e, eventualmente,
aprovado já na sessão parlamentar que começa na segunda-feira, dia 23.
«Há
que haver uma lei que imponha o número de mulheres nas litas eletivas, cabeças
de listas, dos partidos para as eleições legislativas", defendeu Silvina
Tavares, que admite ser uma discriminação positiva "necessária e urgente»
na Guiné-Bissau.
A
presidente da PPM espera que os partidos acolham a ideia e aceitem aprovar a
lei que, defende, vai trazer «bons reflexos» ao parlamento e à governação
do país.
As
mulheres representam cerca de 52% da população, mas a presidente da rede das
mulheres parlamentares, Suzy Barbosa, não entende «como é que apenas 10% têm
participação na política e apenas 25% ocupam cargos na administração pública».
Volvidos
cerca de 25 anos desde a abertura do país ao pluralismo político, o parlamento
passou de 30 deputadas para 14 a partir das últimas eleições legislativas,
realizadas em 2014, refere ainda Barbosa, uma das principais vozes pela
emancipação da mulher guineense, igualdade e equidade entre os géneros.
Notabanca;
19.07.2018
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