O
Conselho de Administração da Autoridade Reguladora Nacional das Tecnologias de
Informação e Comunicação (ARN - TIC’s) registou com profunda estupefação as
declarações do Senhor Óscar Melhado, Representante do Fundo Monetário
Internacional na Guiné-Bissau, segundo as quais citamos: “...por cada uma
antena de recepção de internet,
pagamos a Agência Reguladora três milhões, mas o dinheiro não entra na
tesouraria. Então, são aproximadamente cinco mil milhões...”, fim da citação.
O
Conselho de Administração da ARN lamenta o facto de estas declarações levianas,
irresponsáveis e ambíguas terem sido proferidas por uma pessoa que, pelo
prestígio e credibilidade da instituição que representa, dela se espera rigor e
precisão nos dados que difunde.
O
Senhor Óscar Melhado, nas suas infelizes declarações, na linha do que nos tem
habituado ao longo do seu exercício na Guiné-Bissau afirmou, sem conhecimento de
causa, que se paga “3.000.000 por cada antena de recepção de internet”, sem, no
entanto, especificar
a moeda, o periodo a que se refere, quem paga esse montante e por que circuito
procede ao tal pagamento.
Ao
Senhor Óscar Melhado importa lembrar que a credibilidade e prestígio da
instituição que representa é deveras incompatível com a promiscuidade que tem
caracterizado a sua atuação, pelo que, em nome da preservação dos valores
fundantes do FMI, deve arrepiar caminho.
Para o seu conhecimento e por respeito à opinão pública nacional, a ARN sente-se na obrigação de esclarecer que a média anual das receitas efectivamente recebidas está muito aquém dos cinco mil milhões de francos CFA anunciados pelo senhor representante do FMI e deram entrada nas contas bancárias da ARN, nos termos da lei.
Importa
sublinhar e lamentar que, apesar das declarações do Senhor representante, a
delegação do FMI na Guiné-Bissau não tem vindo a cumprir com a sua obrigação
legal de pagamento de taxas de utilização de frequências e de gestão e controlo
de estações devidas pela utilização da sua estação VSAT. Para o seu conhecimento e por respeito à opinão pública nacional, a ARN sente-se na obrigação de esclarecer que a média anual das receitas efectivamente recebidas está muito aquém dos cinco mil milhões de francos CFA anunciados pelo senhor representante do FMI e deram entrada nas contas bancárias da ARN, nos termos da lei.
O Conselho de Administração da ARN mantém-se aberto para prestar esclarecimentos a qualquer entidade ou cidadão interessado em acompanhar a evolução do mercado das tecnologias de informação e comunicação na Guiné-Bissau.
Feito
em Bissau, aos 31 do mês de Maio de 2018.
O Conselho de
Administração
Eng.º Abdu Jaquité
Eng.º Abdu Jaquité
/Presidente/
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