O Banco Mundial propõe ao Governo um contrato de urgência para acabar com a crise da energia eléctrica e água no país.
A proposta foi tornada pública hoje, num encontro entre o Primeiro-ministro Aristides Gomes, com uma missão técnica da instituição bancária mundial.
A reunião entre as partes serviu para analisar e procurar soluções sobre a crise da energia elétrica, nos últimos anos na Guiné-Bissau.
O fornecimento de eletricidade a Bissau deverá estar regularizado a partir de outubro com um contrato para a distribuição de fuel óleo, anunciou hoje o primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes.
O líder do Governo
guineense fez o anúncio à margem de um encontro de trabalho com uma missão
técnica do Banco Mundial (BM), que se encontra em Bissau para estudar a
possibilidade para a melhoria imediata do abastecimento de energia elétrica.
Aristides Gomes
avançou que o Governo, apoiado pelo Banco Mundial, estuda com a empresa inglesa
Agrekko a possibilidade de revisão do contrato de fornecimento de energia em
vigor ao abrigo do qual Bissau recebe 15 megawatts de energia produzida a
gasóleo.
É intenção do Governo
guineense que a energia passe a ser produzida com base no fuel óleo,
combustível que as autoridades acreditam ser impossível de ser roubado como
acontece com o gasóleo na central elétrica de Bissau.
Nos últimos meses, a
capital guineense conhece cortes sistemáticos de energia. As autoridades
indicam que o roubo do gasóleo leva àquela situação.
Para já, a solução é a
mudança do tipo de combustível, mas antes do final do ano, o primeiro-ministro
quer ter um contrato assinado entre a Empresa de Eletricidade e Águas da
Guiné-Bissau (EAGB) e uma empresa que fornece energia a partir de um barco que
ficará ancorado ao largo de Bissau.
Cristina Svensson, a
representante do Banco Mundial na Guiné-Bissau, que participou na reunião com
Aristides Gomes, disse que a sua instituição "está do lado das autoridades"
e vai apoiar, com uma assistência técnica, as iniciativas visando a melhoria da
gestão da EAGB.
Svensson anunciou uma
assistência de três anos para a melhoria do desempenho da EAGB.
O diretor-geral da
empresa, René Barros, pediu calma à população de Bissau, salientando que
compreende o défice no fornecimento de energia elétrica, como é reclamado pelos
clientes.
O mesmo dirigente
afirmou que a Agrekko se comprometeu a fornecer 15 megawatts à EAGB, mas neste
momento apenas dá 14, devido a uma avaria num grupo eletrogéneo.
René Barros esclareceu
que para atender toda população de Bissau, seriam necessários mais de 40
megawatts de energia elétrica.
Notabanca; 18.06.2018
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