O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou hoje a quinta avaliação ao programa de apoio à Guiné-Bissau, desembolsando 4,3 milhões de dólares, e alargou o período de intervenção até depois das próximas eleições.
"A finalização
da revisão permite a disponibilização de 4,3 milhões de dólares, trazendo o
total dos desembolsos para 24,2 milhões de dólares", lê-se no comunicado
divulgado hoje à noite em Washington, no qual se dá conta que o programa de
apoio foi alargado até julho de 2019, oito meses depois das eleições previstas
para novembro deste ano, e que o total da ajuda deverá subir de 24,2 milhões de
dólares para 32,2 milhões.
O prolongamento do programa por mais um ano "vai ajudar a ancorar a estabilidade macroeconómica durante o próximo período eleitoral, apoiar as reformas focadas na mobilização das receitas e o combate à falta de infraestruturas essenciais, para além de ajudar também a cumprir as necessidades da balança de pagamentos", lê-se no comunicado.
O prolongamento do programa por mais um ano "vai ajudar a ancorar a estabilidade macroeconómica durante o próximo período eleitoral, apoiar as reformas focadas na mobilização das receitas e o combate à falta de infraestruturas essenciais, para além de ajudar também a cumprir as necessidades da balança de pagamentos", lê-se no comunicado.
Na
quinta avaliação do programa iniciado em 2015, o conselho de administração do
FMI considera que a implementação das linhas do acordo de assistência
financeira "foi boa" e acrescenta que "todos os critérios de
desempenho e as metas indicativas foram cumpridas", o mesmo acontecendo
com seis dos oito indicadores estruturais de referência, com um a ser alcançado
entretanto e outro está em fase de finalização.
"A
atividade económica manteve-se robusta", o que explica um crescimento de
quase 6% no ano passado e a previsão de que a economia da Guiné-Bissau cresça
5% ao ano até 2022, com a inflação controlada nos 1,1% em 2017 e o défice nos
1,5% do PIB.
"A
perspetiva de evolução económica é genericamente positiva, com o crescimento
projetado de 5,2% este ano, mas sujeito a significativos riscos que emanam do
ainda frágil ambiente político e dos termos adversos dos desenvolvimentos no
comércio".
"Manter
um forte ímpeto reformista será crucial para os contínuos melhoramentos nos
resultados", comentou o vice-diretor executivo do FMI, Tao Zhang,
acrescentando que "continuar o progresso sobre as melhorias das condições
para os empresários privados também será importante", tal como é o
fortalecimento do setor bancário, encarado como "crítico para manter a
estabilidade do setor financeiro e alargar a intermediação financeira".
Notabanca; 02.06.2018
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