O novo ministro dos Negócios Estrangeiros da
Guiné-Bissau, João Butiam Có, afirmou hoje que vai trabalhar para garantir «uma
boa imagem» dos cidadãos do país seja os que se encontram no território como na
diáspora.
Butiam Có,
de 43 anos, formado em sociologia económica e das organizações em Portugal,
recebeu hoje as chaves do gabinete e os dossiês das mãos do seu antecessor,
tendo afirmado na ocasião que uma das suas prioridades será a garantia da
imagem dos cidadãos.
Questionado sobre o que pensa fazer em relação ao dossiê dos militares guineenses alvos de sanções das Nações Unidas, desde 2012, entre outros impedidos de viajar, o novo chefe da diplomacia de Bissau diz que ainda não conhece bem o assunto.
«É um dossiê que ainda não conheço muito bem, mas vamos tudo fazer para defender uma boa imagem dos cidadãos guineenses, seja internamente como na diáspora», declarou Butiam Có.
Em 2012, na sequência de um golpe militar contra as autoridades eleitas, as Nações Unidas decretaram sanções contra os generais guineenses António Indjai, Mamadu Ture "N`Krumah", Augusto Mário Có, Estêvão na Mena, Ibraima ("Papa") Camará e o tenente-coronel Daba Na Walna.
O novo ministro dos Negócios Estrangeiros guineense não abordou as sanções impostas pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) a 19 personalidades civis, entre os quais políticos, magistrados e empresários.
Além da defesa da imagem da Guiné-Bissau, o novo chefe da diplomacia guineense, que agradeceu ao Presidente do país, José Mário Vaz, pela confiança na sua pessoa, apontou a criação de condições para a realização de eleições legislativas no dia 18 de novembro como outra das duas prioridades.
João Butiam Có conta com os «parceiros tradicionais» da Guiné-Bissau para mobilização de fundos para as eleições e já na segunda-feira, dia 30, recebe os representantes da comunidade internacional agrupados no chamado P5.
Este grupo, constituído pelos representantes em Bissau da ONU, União Europeia, União Africana, Comunidade Económica de Estados da África Ocidental e Comunidade de Países de Língua Portuguesa, tem estado na primeira linha nos esforços de estabilização da Guiné-Bissau.
Notabanca;
28.04.2018
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