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“Acusadas pelas práticas de feitiçaria (bruxaria), Mussa e 5 outras pessoas entre as quais 2 mulheres, foram ilegalmente detidas e submetidas a sessões de torturas brutais protagonizadas pelos populares da aldeia de Candjungudo sector de Bissorã, norte da Guiné-Bissau, no mês de Agosto 2017.
Os autores destes actos criminosos foram detidos e libertados alguns dias depois sem quaisquer tipo de medidas de coação.
A LGDH voltou a reencontrar-se com as vítimas e pode constatar de um lado, uma enorme impaciência devido a morosidade do processo, de outro lado, fortes sentimentos de vingança caso a justiça não venha a ser realizada. Este caso é apenas o exemplo de inúmeros outros que acontecem frequentemente em todo o território nacional, em alguns casos culminaram com perdas de vidas humanas, e noutros as vítimas foram forçadas a abandonar as suas aldeias, lares e familiares por temerem as suas vidas e integridades fisicas.
Há duas semanas atrás, uma mulher em São Domingos teve que fugir do país para Senegal devido as acusações de ser feiticeira. Nao obstante a gravidade deste fenômeno, e de ser do conhecimento das autoridades nacionais, o estado permanece em silêncio insurdecedor. Aliás, em diversos casos, as autoridades policiais corroboram com as populações nestes actos obscurantistas.
A LGDH exige a realização da justiça e consequente punição exemplar dos autores destes tristes e vergonhosos actos. Exorta ao estado, a urgente adopção de uma estratégia de sensibilização das comunidades com vista ao abandono destas práticas hediondas.”
Assim mesmo vai o país.
Notabanca, 20.12.2017
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