O secretário-nacional do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Aly Izagi, diz que as declarações do primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo, em ordenar a prisão às pessoas que “insultarem” as autoridades nacionais, não são dignas de um líder.
Izagi falava, esta sexta-feira (29), em exclusivo á Rádio Sol Mansi (RSM), aconselha ainda Sissoco Embalo a ponderar nos seus discursos “antes de tomar decisões onde ele próprio irá quebrar as suas decisões”.
“Não sabemos se o
posicionamento de Umaro Sissoco Embalo tem um suporte legal. E o próprio
primeiro-ministro se parasse de insultar as pessoas seria muito bom. Ele
considera as pessoas de Lion Brand e eu mesmo fui vítima das suas expressões”,
critica.
Para Aly Izagi quem
insulta as pessoas também recebe em troca o mesmo procedimento.
“Não ofendas as
pessoas mais velhas ou mais nova porque irás receber a mesma moeda em troca. O
que estamos a ver é o abuso da autoridade porque estas pessoas estão a gozar de
muita impunidade. Pensamos que a justiça na Guiné-Bissau deve funcionar para
podermos sentir protegidos pela lei”, sustenta.
Aly alerta ainda que
na Guiné-Bissau vive-se numa sociedade que leva a degradação para o sistema
primitivo (o mais forte lidera).
Na passada terça-feira
(26) o primeiro-ministro diz quer governo vai acabar com “indisciplina” que se
verifica no país porque “as pessoas entendem que insultar o presidente da
república é prestígio”.
O alerta também
estende-se aos outros órgãos da soberania e segundo ele “mesmo que se fosse o
presidente do parlamento, Cipriano Cassama, que é um lion brand (insecticida
que mata mosquitos.
Notabanca; 30.09.2917
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