“Mó pâ más kê ê grandi, ê kâ tâ tâpa céu”. Um ditado que o camarada Cabral costumava citar, usado em Cabo Verde, para denunciar os agentes do poder estatal colonial, quando estes tentavam furtar-se secamente à verdade. Tal como é caso nesta presente dita “NOTA A IMPRENSA” de uma instituição estatal que é agora nossa. O nosso Ministério Público. O Ministério Público da República da Guiné-Bissau. Vergonha. Grande vergonha!
Pois, esta presente dita “nota à imprensa” não trouxe nada de novo. Mas nada mesmo. Nada podendo demonstrar a necessidade e imperatividade do ato de detenção de camarada Comandante Manecas, na reserva, ditado pela lei. Diante da sua tal afirmação in causa; diante da situação de crise política vergonhosa prevalecente, desnecessariamente, desde já há 21 meses e pico na Guiné-Bissau (o objeto de observação submetido à análise, sobre o qual ele fez a tal afirmação); diante das histórias de Golpes de Estado Militares e tudo mais, tidos na Guiné-Bissau, sobretudo entre 7 de Junho de 1998 e 12 de Abril de 2012; e por fim, diante do contexto da enunciação, no qual o camarada Comandante, na reserva, fez esta afirmação (entrevista num jornal).
Não há demonstração de nada, sabendo e tendo tudo isso em conta. Nada, senão de ter-se procedido pura e simplesmente, a uma afronta e um muito feio atropelo dos direitos fundamentais nos Regimes de Democracia Parlamentar Representativa e de Estado de Direito de um cidadão do gabarito de camarada Comandante, na reserva, no exercício muito certo do seu dever de cidadania. O direito à liberdade de expressão de opiniões.
Eis porque uma vergonha. Grande vergonha, esta detenção prisional. Que não passa de uma asneira grande, e, pensada bem, bem, bem, e no fundo, uma desgraça nacional.
Por isso, o que devia fazer o Ministério Público é pedir publicamente desculpas ao camarada Comandante, na reserva, e pôr fora tanto o Magistrado titular desse tal dossiê assim como o próprio Procurador-Geral, tal como exigido ontem (21.06.2017) pelo Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau. Reconhecendo assim este mais um erro demais, cometido mais uma vez, nestes tempos, naquela nossa instituição. Para que se volte aí ao rumo certo.
“Mó pâ más kê ê grandi, ê kâ tâ tâpa céu”. Basta!
Obrigado. Que reine o bom senso. Amizade. A. Keita
“Mó pâ más kê ê grandi, ê kâ tâ tâpa céu”. Um ditado que o camarada Cabral costumava citar, usado em Cabo Verde, para denunciar os agentes do poder estatal colonial, quando estes tentavam furtar-se secamente à verdade. Tal como é caso nesta presente dita “NOTA A IMPRENSA” de uma instituição estatal que é agora nossa. O nosso Ministério Público. O Ministério Público da República da Guiné-Bissau. Vergonha. Grande vergonha!
ResponderEliminarPois, esta presente dita “nota à imprensa” não trouxe nada de novo. Mas nada mesmo. Nada podendo demonstrar a necessidade e imperatividade do ato de detenção de camarada Comandante Manecas, na reserva, ditado pela lei. Diante da sua tal afirmação in causa; diante da situação de crise política vergonhosa prevalecente, desnecessariamente, desde já há 21 meses e pico na Guiné-Bissau (o objeto de observação submetido à análise, sobre o qual ele fez a tal afirmação); diante das histórias de Golpes de Estado Militares e tudo mais, tidos na Guiné-Bissau, sobretudo entre 7 de Junho de 1998 e 12 de Abril de 2012; e por fim, diante do contexto da enunciação, no qual o camarada Comandante, na reserva, fez esta afirmação (entrevista num jornal).
Não há demonstração de nada, sabendo e tendo tudo isso em conta. Nada, senão de ter-se procedido pura e simplesmente, a uma afronta e um muito feio atropelo dos direitos fundamentais nos Regimes de Democracia Parlamentar Representativa e de Estado de Direito de um cidadão do gabarito de camarada Comandante, na reserva, no exercício muito certo do seu dever de cidadania. O direito à liberdade de expressão de opiniões.
Eis porque uma vergonha. Grande vergonha, esta detenção prisional. Que não passa de uma asneira grande, e, pensada bem, bem, bem, e no fundo, uma desgraça nacional.
Por isso, o que devia fazer o Ministério Público é pedir publicamente desculpas ao camarada Comandante, na reserva, e pôr fora tanto o Magistrado titular desse tal dossiê assim como o próprio Procurador-Geral, tal como exigido ontem (21.06.2017) pelo Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau. Reconhecendo assim este mais um erro demais, cometido mais uma vez, nestes tempos, naquela nossa instituição. Para que se volte aí ao rumo certo.
“Mó pâ más kê ê grandi, ê kâ tâ tâpa céu”. Basta!
Obrigado.
Que reine o bom senso.
Amizade.
A. Keita