quinta-feira, 1 de junho de 2017

SETE PARTIDOS PEDEM `MEDIDAS CLARAS´ À CEDEAO PARA ACABAR COM CRISE NO PAÍS 
Um grupo de sete partidos políticos da Guiné-Bissau escreveu à presidente da CEDEAO, Ellen Johnson Sirleaf, a pedir "medidas claras de impacto imediato" para acabar com a crise no país. 
Na carta, divulgada quarta-feira à imprensa em Bissau, o grupo refere que acredita que ´perante os riscos e ameaças que impendem sobre a Guiné-Bissau´, os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que vão reunir domingo em Monróvia, na Libéria, deverão `tomar medidas claras de impacto imediato´ para evitar que a sub-região tenha outro ´foco de crise de consequências imprevisíveis´. 
«Temos fé na nossa organização sub-regional e na sapiência dos nossos chefes de Estado para compreenderem a justa medida da gravidade da situação prevalecente na Guiné-Bissau», referem os partidos.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência Democrática (PCD), União para a Mudança (UM), Partido da Nova Democracia (PND), Partido da Unidade Nacional (PUN), Partido de Solidariedade e Trabalho (PST) e o Movimento Patriótico foram as formações políticas que assinaram a carta.
No documento, os partidos salientam que a Guiné-Bissau se rege por um regime semipresidencialista e que o ´Presidente da República, eleito por sufrágio universal, não governa´.
«Não detém, nem o poder constitucional de escolher o primeiro-ministro, os ministros e menos ainda de dirigir o Governo. O primeiro-ministro é o chefe de Governo, sendo escolhido pelo partido vencedor das eleições legislativas e nomeado pelo Presidente da República», sublinham.
Nesse sentido, os sete partidos acusam o Presidente guineense, José Mário Vaz, de ´tentar usurpar os poderes do Governo´ e submeter o ´sistema político a uma enorme tensão´ e a alimentar uma ´permanente instabilidade no país´.
«Estamos de facto confrontados com um golpe de Estado civil apoiado por políticos que apoiam o Governo de (Umaro Sissico) Embaló», referem, acrescentando que aquele golpe de Estado deve ser sancionado pela CEDEAO e a comunidade internacional.
A Guiné-Bissau vive num impasse político há cerca de dois anos, depois da demissão pelo Presidente do país do primeiro-ministro guineense Domingos Simões Pereira, vencedor das eleições de 2014 pelo PAIGC.
Depois da demissão de Domingos Simões Pereira, o chefe de Estado já nomeou mais quatro primeiros-ministros, um dos quais duas vezes, por causa de divergências no parlamento entre os partidos, que acabou por deixar de funcionar.
Notabanca; 01.06.2017

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