terça-feira, 9 de maio de 2017

BISSAU E UNIÃO EUROPEIA NEGOCIAM NOVO ACORDO DE PESCA
É bom que abrem os olhos e ditar a verdade para que tudo seja benéfico para a Guiné-Bissau. Porque o mar pertence aos guineenses. 
O Governo da Guiné-Bissau e a União Europeia realizaram segunda-feira, em Bissau, a segunda ronda de negociações para um novo acordo de pesca. Henrique Silva, do Ministério das Pescas defende que, caso haja um entendimento nas negociações, o acordo passará a ter uma validade de cinco anos, contra os três atualmente previstos, e o Governo guineenses deverá receber uma maior compensação financeira que os atuais 9,5 milhões de euros, explicou Henrique Silva. 
As autoridades guineenses esperam receber um valor superior a 10 milhões de euros.
As duas partes devem voltar a reunir-se em Lisboa entre 22 e 24 de maio, altura em que Henrique Silva espera ver alcançado um acordo que possa ser assinado.
"Há necessidade de continuarmos a discutir para que o acordo possa entrar em vigor a 24 de novembro. Há procedimentos complexos por parte da União Europeia até o acordo entrar em vigor", salientou Henrique Silva.
Emanuel Berke, representante da União Europeia sublinhou que as negociações com o Governo guineense atingiram uma "fase crucial", mas disse que é importante prosseguir com as negociações.
Segundo o responsável europeu, é importante que seja esclarecida a quantidade de biomassa da Guiné-Bissau para se estabelecer a quantidade das espécies que podem ser capturadas.
O acordo é "extremamente importante", mas é preciso que "tudo seja tratado com transparência", disse.
Além do prolongamento do prazo de acordo para cinco anos e da compensação financeira, as duas partes discutem também o número de marinheiros guineenses a serem admitidos nos barcos de pescas europeus, que vierem a pescar nas águas guineenses.
O acordo permite que navios de Espanha, Portugal, Itália, Grécia e França pesquem nas águas guineenses e inclui a pesca de atum, cefalópodes (polvos, lulas, chocos), camarão e espécies demersais (linguados e garoupas).
Com o golpe militar de 12 de abril de 2012, a União Europeia suspendeu o acordo, voltando a aplicá-lo em 2014, com a restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau, mas só até novembro de 2017.
Os guineenses esperam-se que o novo acordo de pescas entre as partes seja benéfico para a Guiné-Bissau, e não como vinha acontecer.
É bom que saibam que o mar é nosso e o pescado nos pertence. Então, é bom que abrem os olhos.
Notabanca: 09.05.2017

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