O Presidente
guineense, José Mário Vaz, avisou hoje que deu ordens ao ministro da
Agricultura para expropriar campos agrícolas às pessoas que não os querem
trabalhar e dá-los a quem os cultive.
"Vou
avisar aos que têm bolanhas (campos de cultivo de arroz), mas que não querem
trabalhar, que esses lugares lhes serão retirados para dar a quem os quer
lavrar", disse José Mário Vaz, num comício popular na localidade de
Ingoré, no norte do país, junto à fronteira com o Senegal.O líder guineense, que se encontra a realizar uma Presidência Aberta três anos depois da sua eleição, apontou a medida como uma das suas ideias para "atacar o problema da agricultura", que considerou ser a "única alternativa" para tirar a Guiné-Bissau do subdesenvolvimento.
José Mário Vaz acredita que "brevemente" os guineenses irão sentir as mudanças no setor da agricultura, de acordo com um conselho que recebeu de uma equipa de técnicos brasileiros que querem ajudar o país.
"Disseram-me: Presidente, esqueça tudo e aposte forte na agricultura, o seu país vai mudar", afirmou Mário Vaz, reportando a conversa que manteve com os técnicos brasileiros da Fundação Getúlio Vargas.
Além da agricultura, o Presidente da Guiné-Bissau voltou a frisar a importância de um controlo rigoroso das receitas públicas, tendo referido várias vezes o tema da sua Presidência Aberta: "Dinheiro do Estado no cofre do Estado".
Também pediu a vigilância aos recursos do mar, destacando que todos os dias são "roubadas" entre três a quatro mil toneladas do peixe nos mares da Guiné-Bissau, sem referir, no entanto, quem são os autores da prática.
José Mário Vaz afirmou, ainda, que haverá "mão pesada" do Estado contra aqueles que ousarem tentar vender, em contrabando, a castanha do caju, no Senegal, um aviso feito momentos antes pelo ministro do Interior, Botche Candé.
Antes de discursar, o líder guineense ouviu os representantes das autoridades e sociedade civil locais que pediram estradas, escolas, hospitais, ambulâncias, energia elétrica, microcrédito para as mulheres e trabalho para a juventude.
Rui Diã de Sousa, deputado eleito na zona de Bigene e Ingoré, que falou antes do chefe do Estado, corroborou os pedidos da população e chamou a atenção para o que considera ser uma "bomba retardada", que é a situação da juventude guineense, para a qual defendeu soluções urgentes.
José Mário Vaz não apresentou soluções para os problemas da população, porque, sustentou, não gosta de fazer promessas, mas enalteceu o facto de, em três anos de Presidência, o país registar "uma certa calma, sobretudo nos quartéis", onde, disse, os militares se têm mantido sossegados.
Notabanca; 19.04.2017
O Presidente deve apostar na agricultura mecanizada para tirar a o pai e ou população da situação de dificuldade alimentar em que é alvo. Se o senhor presidente pensa de tirar o país de fome através de agricultura tradicional, é porque ele Mesmo não percebeu ainda absolutamente nada. Os conselhos que os técnicos brasileiros lhe deram não pode referir a agricultura familiar ou de autossuficiência mas sim uma agricultura mecanizada. Pensa-se bem antes de expropriar o terreno do um cidadão ao benefício de uma outra cidadão. Isso não e lhe garante que vai ter muito problema. Expropriar o terreno para uma agricultura mecanizada, sim, pode ser dando a garantia do trabalho a tal cidadão. Ou então indenização ao cidadão. Parece que o senhor presidente faz confusão com agricultura mecanizada com a o tradicional ou de autossuficiência. Pensa bem antes de pronunciar.
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