O Tribunal Penal Internacional
(TPI) condenou hoje a nove anos de prisão efectiva o 'jihadista' maliano Ahmad
al-Faqi al-Mahdi por ter destruído em 2012 mausoléus classificados como
património mundial da humanidade em Timbuktu, Mali.
"O crime pelo qual foi
reconhecido culpado é muito grave", afirmou o juiz Raul Pangalangan,
adiantando: "o tribunal condena-o a nove anos de prisão".
O reu, foi acusado pelos juízes do
TPI de ser culpado da destruição de mausoléus: “A sua participação direta em
numerosos incidentes e o seu papel enquanto porta-voz para justificar os ataques
nos meios de comunicação social.” Ainda perpetuo crimes de guerra por ter
"dirigido intencionalmente ataques" contra nove dos mausoléus de
Timbuktu (norte do Mali) e contra a porta da mesquita Sidi Yahia entre 30 de
junho e 11 de julho de 2012. Depois de se ter declarado
culpado na abertura do julgamento, Al-Mahdi pediu perdão ao seu povo,
assegurando estar "cheio de remorsos". Apelando aos muçulmanos do
mundo inteiro para resistirem a "este tipo de ações".
A procuradora da TPI afirma que o
acusado, nascido em 1975, era um membro do Ansar Dine, um dos grupos
terroristas ligados à Al-Qaida que controlaram o norte do Mali durante cerca de
10 meses em 2012, antes de serem perseguidos por uma intervenção internacional
lançada em janeiro de 2013 pela França. A UNESCO já restaurou os túmulos
destruídos e os peritos e as Nações Unidas esperam que o julgamento "acabe
com a impunidade" face à destruição de bens culturais.
Sem comentários:
Enviar um comentário