VOLTA À RIBALTA O CASO DOS 46 ESTUDANTES
GUINEENSES EM PORTUGAL
O governo da Guiné-Bissau anunciou que vai enviar "com máxima
urgência" para Portugal uma comitiva para averiguar as condições a que
estão sujeitos os alunos guineenses da Escola Profissional Beira Aguieira, em
Penacova.
"O Conselho de Ministros deliberou enviar com a máxima urgência uma
delegação, integrada por elementos da Polícia Judiciária e por técnicos do
Ministério da Educação, para ir se inteirar e pôr cobro à situação dos nossos
estudantes em Penacova, Portugal", lê-se no
comunicado final do Conselho de Ministros de quinta-feira, hoje divulgado.
Vários estudantes dormiram na rua entre segunda e quarta-feira em protesto
contra as condições de alojamento, tendo sido acolhidos numa pensão na noite de
quarta, informou a Câmara de Penacova.
"Estes estudantes da Guiné-Bissau, alguns deles menores, estão um
bocado entregues a si próprios", disse à Lusa o vice-presidente da
autarquia, João Azadinho.
A agência Lusa tentou obter explicações da Escola Profissional Beira
Aguieira, mas ainda não houve esclarecimentos.
Em entrevista à Rádio Jovem, Luís Luis Vicente,
economista guineense em Portugal, revela que a escola está a obrigar alguns
alunos a assinarem uma declaração em como a residência estudantil reúne as
condições necessárias para os receber.
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