segunda-feira, 12 de setembro de 2016

DIA DO NASCIMENTO DE AMÍLCAR CABRAL
Hoje 12 de Setembro, se celebra, noventa e dois anos do nascimento de Amilcar Lopes Cabral, fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana.
Isto porque, o líder imortal do PAIGC nasceu no dia 12 de Setembro de 1924, na cidade de Bafatá, leste do país. 
A data está ser comemorada como um dia de reflexão, pelos alguns combatentes do PAIGC que estiveram com Cabral na mesma trincheira de difícil luta de libertação nacional, que durou onze anos.
Recordamos que, Amilcar Cabral foi barbaramente assinado em 20 de Janeiro de 1973, na Guiné-Conakry, por uns traidores da sua ideologia política.
Entretanto, vamos apresentar uma parte da biografia de Amilcar Lopes Cabral, líder carismático do PAIGC:
AMÍLCAR CABRAL
Filho de Juvenal Lopes Cabral (cabo-verdiano) e de Iva Pinhel Évora (guineense de ascendência cabo-verdiana), aos oito anos de idade, sua família mudou-se para Cabo Verde, estabelecendo-se em Santa Catarina (ilha de Santiago), que passou a ser a cidade de sua infância, onde completou o ensino primário. De seguida mudou com a mãe os irmãos para Mindelo, São Vicente, onde veio a terminar o curso liceal em 1943.
No ano seguinte, mudou-se para a cidade de Praia, na Ilha de Santiago, e começou a trabalhar na Imprensa Nacional, mas só por um ano pois, tendo conseguido uma bolsa de estudos, no ano de 1945 ingressou no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa. Único estudante negro de sua turma, Cabral logo se envolve em reuniões de grupos antifascistas e, ao lado de outros alunos vindos da África, tais como Mário de Andrade, Agostinho Neto e Marcelino dos Santos. "conhece vectores culturais da reafricanização dos espíritos do movimento da negritude dirigido por Léopold Sédar Senghor ."
Após graduar-se em 1950, trabalhou por dois anos na Estação Agronómica de Santarém.
Contratado pelo Ministério do Ultramar como adjunto dos Serviços Agrícolas e Florestais da Guiné, regressou a Bissau em 1952. Iniciou seu trabalho na granja experimental de Pessubé percorrendo grande parte do país, de porta em porta, durante o Recenseamento Agrícola de 1953 adquirindo um conhecimento profundo da realidade social vigente. Suas atividades políticas, como a criação da primeira Associação Desportiva, Recreativa e Cultural da Guiné, aberta tanto aos "assimilados" quanto aos indígenas, reservam-lhe a repugnância do Governador da colónia, Melo e Alvim, que o obriga a emigrar para Angola. Nesse país, une-se ao MPLA.
Em 1955 Cabral participa da Conferência de Bandung na Indonésia e toma conhecimento da questão afro-asiática. Em 1959 juntamente com Aristides Pereira, seu irmão Luís Cabral, Fernando Fortes, Júlio de Almeida e Elisée Turpin, fundam o PAIGC. Em 3 de Agosto de 1956, o partido teve participação na greve de trabalhadores do porto de Pindjiguite, fortemente reprimida pelo governo colonial, resultando na morte de 50 manifestantes e centenas de feridos. Quatro anos mais tarde, o PAIGC sai da clandestinidade ao estabelecer uma delegação na cidade de Conakri, capital da República de Guiné-Conakry. Em 23 de Janeiro de 1963 tem início a luta armada contra a metrópole colonialista, com o ataque ao quartel de Tite, no sul do país.
Em 1970, Amílcar Cabral, fazendo-se acompanhar de Agostinho Neto e Marcelino dos Santos, é recebido pelo Papa Paulo VI  em audiência privada. Em 21 de Novembro do mesmo ano, o Governador então Guiné Portuguesa determina o início da Operação Mar Verde, com a finalidade de capturar ou mesmo eliminar os líderes do PAIGC, então aquartelados em Conacri. A operação de 22 de Novembro de 1972, não teve sucesso.
Em 20 de Janeiro de 1973, Amílcar Cabral é assassinado em Conakri, por dois membros de seu próprio partido.
 Amílcar Cabral profetizara seu fim, ao afirmar: "Se alguém me há-de fazer mal, é quem está aqui entre nós. Ninguém mais pode estragar o PAIGC, só nós próprio."

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