PREOCUPADA COM ATAQUES UCRANIANOS, RÚSSIA APROVA NOVA LEI DE DEFESA COM MAIS REPRESSÃO
A
Rússia aprovou um conjunto amplo de novas leis para reforçar a defesa interna
contra ataques ucranianos, numa altura em que o Kremlin se prepara para uma
guerra prolongada.
Quase quatro anos após o início da invasão da Ucrânia, Moscovo enfrenta ataques diários de drones que têm atingido refinarias, infraestruturas energéticas e figuras militares de alto perfil. Para proteger estes alvos, Vladimir Putin autorizou o destacamento de reservistas – um universo de cerca de dois milhões de pessoas – para vigiar instalações estratégicas sem recorrer a uma nova mobilização, que continua impopular.
Paralelamente,
o país está a implementar medidas de guerra eletrónica, incluindo o bloqueio
automático de cartões SIM durante 24 horas para viajantes que regressam ao
país, visando impedir o uso de redes civis por drones ucranianos.
A
aplicação destas regras tem causado caos e falhas de ligação, sobretudo em
zonas fronteiriças, adianta o The Guardian. Estas medidas,
combinadas com a intensificação da defesa física, representam um novo nível de
intrusão estatal na vida quotidiana e preparam a população para uma “existência
semi-militar”, segundo analistas.
Ao
mesmo tempo, Moscovo endureceu drasticamente as penas para sabotagem, podendo
condenar menores a prisão perpétua e baixando a idade de responsabilidade
criminal para 14 anos, numa resposta às ações clandestinas ucranianas em
território russo.
Apesar
de afirmar estar aberto a negociações, o Kremlin não mostra sinais de reduzir
as suas exigências, enquanto prepara a sociedade para mais sacrifícios perante
um conflito que já dura mais do que a participação da Rússia na Segunda Guerra
Mundial.
Notabanca; 19.11.2025

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