Major general Horta Inta-e TOMA POSSE COMO Presidente da República de Transição para um ano
O ex- Chefe de Estado-Maior General do Exército,
Major- general, Horta Inta-e, foi hoje empossado nas funções de Presidente da
República de Transição e do Alto Comando Militar para a Restauração da
Segurança Nacional e Ordem Pública que depós quarta-feira o Presidente da
República Umaro Sissoco Embaló.
“Acabo de ser empossado nas funções do Presidente do
Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública,
gerado por acontecimentos do dia 26 de Novembro, esta nova entidade militar,
assumiu-se, imediatamente, como órgão máximo do poder de Estado da
Guiné-Bissau”, disse Horta Inta-e no seu discurso depois da tomada de posse.
Afirmou na ocasião que a duração do seu mandato será
de um ano e que começa hoje.
“Por isso, quero agradecer à todos os membros do Alto
Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública, pela
confiança depositada na minha pessoa”, disse.
Frisou que não foi uma opção fácil terem desencadeado,
quarta-feira, uma ação que resultou na tomada do poder do Estado pelos quadros
superiores das Forças Armadas.
“Não foi nada fácil, porque os chefes
militares que hoje integram o Comando Militar para a Restauração da
Segurança Nacional e Ordem Pública sempre se distinguiram por uma conduta
disciplinada, de acordo com os princípios constitucionais que orientam as
Forças Armadas”, salientou.
Horta Inta-e acrescentou que eles tiveram que agir. “A
nossa ação baseou-se na perceção clara de uma ameaça crescente, que podia pôr
em causa a democracia e a estabilidade política do próprio Estado guineense”,
frisou.
Acrescentou ser uma ameaça portadora de insegurança de
Estado, de desordem pública e da própria desintegração das instituições do
Estado de Direito Democrático. “Ameaça essa que era preciso prevenir e travar”.
Disse que, essa crise grave foi a justificação
suficiente para a ação que desencadearam na quarta-feira, dia 26 de Novembro.
“Resumidamente posso apontar algumas manifestações dessa grave ameaça que podia por em perigo a paz, um valor politico fundamental que os guineenses sempre defenderam.
Informou que, entre outros factos, a
descoberta pelos Serviços de Informação de Estado de um comprovado processo de
golpe de Estado, largamente documentado e publicado pelos órgãos de comunicação
social.
“A intensa actividade desenvolvida por conhecidos
narcotraficantes, que aproveitando-se do processo eleitoral, procuraram por
todos os meios infiltrar, manipular e no limite capturar a própria democracia
guineense”, salientou.
Horta Inta-e disse que é exatamente a perceção dessa
ameaça crescente que culminou na intervenção de quadros superiores das Forças
Armadas, que hoje integram o Comando Militar para a Restauração da
Segurança Nacional e Ordem Pública.
“O Alto Comando Militar para a Restauração da
Segurança Nacional e Ordem Pública apela a colaboração dos Partidos Políticos e
de toda a Sociedade Civil, e apelamos, em especial, a juventude para que, cada
um de nós e todos juntos, contribuirmos para a salvaguarda da estabilidade
política do Estado, a paz civil, ordem pública e unidade nacional”,
disse a concluir Horta Inta-e.
Notabanca; 27.11.2025








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