quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Major general Horta Inta-e TOMA POSSE COMO Presidente da República de Transição para um ano

O ex- Chefe de Estado-Maior General do Exército, Major- general, Horta Inta-e, foi hoje empossado nas funções de Presidente da República de Transição e do Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública que depós quarta-feira o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló.

“Acabo de ser empossado nas funções do Presidente do Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública, gerado por acontecimentos do dia 26 de Novembro, esta nova entidade militar, assumiu-se, imediatamente, como órgão máximo do poder de Estado da Guiné-Bissau”, disse Horta Inta-e no seu discurso depois da tomada de posse.

Afirmou na ocasião que a duração do seu mandato será de um ano e que começa hoje.

“Por isso, quero agradecer à todos os membros do Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública, pela confiança depositada na minha pessoa”, disse.

Frisou que não foi uma opção fácil terem desencadeado, quarta-feira, uma ação que resultou na tomada do poder do Estado pelos quadros superiores das Forças Armadas.

“Não foi nada  fácil, porque os chefes militares que hoje integram o  Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública sempre se distinguiram por uma conduta disciplinada, de acordo com os princípios constitucionais que orientam as Forças Armadas”, salientou.

Horta Inta-e acrescentou que eles tiveram que agir. “A nossa ação baseou-se na perceção clara de uma ameaça crescente, que podia pôr em causa a democracia e a estabilidade política do próprio Estado guineense”, frisou.

Acrescentou ser uma ameaça portadora de insegurança de Estado, de desordem pública e da própria desintegração das instituições do Estado de Direito Democrático. “Ameaça essa que era preciso prevenir e travar”.

Disse que, essa crise grave foi a justificação suficiente para a ação que desencadearam na quarta-feira, dia 26 de Novembro.

“Resumidamente posso apontar algumas manifestações dessa grave ameaça que podia por em perigo a paz, um valor politico fundamental que os guineenses sempre  defenderam.

Informou que, entre outros factos,  a descoberta pelos Serviços de Informação de Estado de um comprovado processo de golpe de Estado, largamente documentado e publicado pelos órgãos de comunicação social.

“A intensa actividade desenvolvida por conhecidos narcotraficantes, que aproveitando-se do processo eleitoral, procuraram por todos os meios infiltrar, manipular e no limite capturar a própria democracia guineense”, salientou.

Horta Inta-e disse que é exatamente a perceção dessa ameaça crescente que culminou na intervenção de quadros superiores das Forças Armadas, que hoje integram o  Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública.

“O Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública apela a colaboração dos Partidos Políticos e de toda a Sociedade Civil, e apelamos, em especial, a juventude para que, cada um de nós e todos juntos, contribuirmos para a salvaguarda da estabilidade política do Estado, a paz civil,  ordem pública e unidade nacional”, disse a concluir Horta Inta-e.






Notabanca; 27.11.2025 

Sem comentários:

Enviar um comentário