EX-PRIMEIRA-MINISTRA DO BANGLADESH CONDENADA À PENA DE MORTE
A ex-primeira-ministra
do Bangladesh, Sheikh Hasina, foi considerada culpada por permitir o uso de
força letal contra manifestantes.
Um tribunal no
Bangladesh condenou a ex-primeira-ministra Sheikh Hasina à morte.
Sheikh Hasina foi condenada por crimes contra a humanidade envolvendo a revolta popular do ano passado, por manifestações contra o seu Governo, que acabaria por cair, avança a Associated Press.
Recorde-se que a
mulher, que governou o Bangladesh de 2009 a 2024, terá autorizado o uso de
força letal contra manifestantes, segundo uma gravação áudio divulgada em julho
pela cadeia britânica de informação BBC.
Sheikh Hasina, que na
altura foi acusada de crimes contra a humanidade, entre outros crimes, será
detida se tentar regressar ao Bangladesh, disse o procurador-geral do país,
Mohamed Tajul Islam.
A ex-chefe de Governo
bengali, conhecida como a "dama de ferro", fugiu para a Índia em 5 de
agosto de 2024.
A gravação, que foi
divulgada para a BBC Eye, a divisão de investigação da cadeia britânica, e pela
BBC Bangladesh, o serviço da emissora naquele país, faz parte do documentário
'A Batalha pelo Bangladesh', que relata os 36 dias dos protestos no país.
Na gravação áudio,
Hasina é ouvida a autorizar forças de segurança a utilizarem "armas
letais" contra os manifestantes "onde quer que estivessem".
"Emiti uma ordem
pública agora. Agora, vão usar armas letais. Onde quer que os encontrem,
disparem", disse a ex-líder do Bangladesh, que deixou o cargo em 05 de
agosto e fugiu para a Índia, onde supostamente ainda está a residir.
Entre o início de julho
e agosto de 2024, mais de 1.400 pessoas morreram nos protestos estudantis
contra Sheikh Hasina, que começaram de forma pacífica, de acordo com um
relatório da ONU.
Só em 05 de julho,
segundo o documentário da BBC, pelo menos 52 pessoas foram mortas em Jatrabari,
um bairro movimentado de Daca, quando a polícia disparou indiscriminadamente
contra manifestantes.
Além disso, a BBC
afirma ter tido acesso a documentos da polícia que revelam que foram utilizadas
espingardas de uso militar em Daca, capital do país, nos dias seguintes à
gravação do áudio.
A Liga Awami, partido
da ex-primeira-ministra, negou que qualquer dos seus altos funcionários,
incluindo Hasina, tenha sido responsável pelo uso de força desproporcional
contra os manifestantes.
Notabanca; 17.11.2025

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