DSP: “O PODER ATUAL ULTRAPASSA OS LIMITES DA DECÊNCIA E DA LEGALIDADE”
O líder do PAIGC que apoia o candidato
independente Fernando Dias acusa o regime político no poder na Guiné‑Bissau de
“ultrapassar os limites da decência e da legalidade”, denunciando a instauração
de “sistema de perseguição e de terror de Estado” contra os cidadãos.
No âmbito da apresentação da visão estratégica de Fernando Dias, realizada esta terça‑feira, 11 de novembro, em Bissau, Domingos Simões Pereira revela que se multiplicam os relatos de ameaças diretas “feitas pelo próprio Chefe de Estado” cessante aos cidadãos comuns, líderes de opinião, representantes religiosos, jovens e mulheres, tanto dentro quanto fora do território nacional.
O candidato presidencial Fernando Dias
acusa seu adversário político Umaro Sissoco Embaló de concentrar todos os
poderes dos órgãos de soberania na sua pessoa, simulando a diplomacia em nome
do país para “o benefício pessoal”.
Na sua comunicação, Fernando Dias
denunciou ainda “a desvalorização de datas e símbolos nacionais que marcaram as
conquistas dos nossos Gloriosos Combatentes da Liberdade da Pátria; violação
grosseira e abusiva dos direitos fundamentais dos cidadãos; falta de
transparência na gestão da coisa pública; interferência e divisão dos partidos
políticos, dos sindicatos, das religiões, das etnias e das famílias
guineenses”.
Dias, que está a ser apoiado pelas duas
coligações eleitorais PAI‑TERRA RANKA e API‑CABAS GARANDI, assegura que se
candidatou depois de profunda reflexão e bastante ponderação da proposta de um
grupo de cidadãos eleitores provenientes de diferentes franjas da sociedade
guineense.
O candidato independente descreveu
ainda “a instrumentalização da justiça, as forças de defesa e segurança,
perseguição e sufocamento dos adversários políticos, empresários e de funcionários
públicos não alinhados com o regime; raptos, espancamentos e assassinatos
seletivos de cidadãos nacionais e estrangeiros; interferência política, a
corrupção e a falta de respeito pela Constituição; pobreza generalizada,
especialmente nas zonas rurais; falta de acesso à eletricidade, água potável,
saúde e educação de qualidade”.
“Perante este quadro insustentável que
caracterizou o nosso país nos últimos cinco anos de mandato do Umaro Sissoco
Embaló, apresento‑me ao povo guineense como a esperança e com uma visão clara
de uma Guiné‑Bissau independente, unida, inclusiva, autónoma e próspera”,
disse.
O candidato disse ainda que o seu
compromisso com o povo da Guiné‑Bissau, nos próximos cinco anos caso vença as
eleições presidenciais, será de “garante da Independência Nacional e da
Constituição”, isto é, de acordo com Fernando Dias, “defender
intransigentemente a Constituição da República; promover e garantir a
independência, paz social e unidade nacional”.
O candidato promete ainda “garantir a
independência e a perfeita coabitação entre os órgãos da soberania (…),
promover a reconciliação nacional. Exercer a magistratura de influência junto
do governo para defender os interesses da diáspora guineense, internamente e
nos respetivos países da emigração”, enfim, assegurar que as forças de defesa e
segurança cumpram respetivas missões.
Notabanca; 13.13.2025





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