AUTORIDADES IMPEDEM UMA PARTE DA SOCIEDADE CIVIL PARA MONITORAR ELEIÇÕES
O governo da iniciativa
presidencial impediu uma parte da sociedade
civil de monitorar as eleições legislativas e presidenciais de 23 de novembro,
conforme avançou a Rede Oeste Africana para Edificação de Paz (WANEP-GB) em
comunicado tornado público este sábado, 22 de novembro, sem justificar os
motivos da medida.
No comunicado, a
organização lembra que "no âmbito das eleições presidenciais e
legislativas de 23 de novembro de 2025 na Guiné-Bissau, o projeto E-MAM
[Análise e Mitigação da Violência Eleitoral], em parceria com organizações da
sociedade civil da Guiné-Bissau, iniciou as suas contribuições em outubro de
2024. Uma das atividades emblemáticas dessa contribuição foi a Sala de Situação
Eleitoral, cuja realização estava prevista para os dias 22, 23 e 24 de novembro
de 2025, no Dunia Hotel. Para o efeito, foram enviados convites, a partir de 18
de novembro de 2025, a vários parceiros, atores políticos e cidadãos para
visitar a sala, que é uma ferramenta de promoção da abertura em torno das
eleições".
A WANEP apresenta desculpas pelo "transtorno causado", sendo que "as equipas técnicas previstas para se deslocarem a Bissau não puderam fazê-lo devido à evolução totalmente incerta da situação". De igual modo, a organização agradece à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e a todos aqueles que apoiaram os seus esforços para tornar possível a contribuição do projeto E-MAM nas eleições.
Desde 2018, a Rede Oeste Africana para a
Construção da Paz (WANEP) implementa o projeto regional Monitorização, Análise
e Mitigação da Violência Eleitoral, E-MAM, financiado pelo gabinete regional da
União Europeia com sede em Dakar, no Senegal. Até à data, o projeto abrangeu
ciclos eleitorais em 14 dos 15 países da África Ocidental, incluindo a
Guiné-Bissau, apesar da ausência de disposições relativas à observação nacional
na lei eleitoral da Guiné-Bissau.
Notabanca; 2.21.2025



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