XI JINPING CRITICA “ BULLYING” E PUTIN CULPA O OCIDENTE PELA GUERRA NA UCRÂNIA NA CIMEIRA DE XANGAI
O presidente da China, Xi Jinping, criticou o que classificou como "bullying" de outros países, enquanto o líder russo, Vladimir Putin, voltou a responsabilizar o Ocidente pela guerra na Ucrânia, no segundo dia da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), que decorre em Tianjin, China.
Segundo
o The Guardian, Xi apelou aos
Estados-membros para que se oponham a uma “mentalidade de guerra fria, à
confrontação entre blocos e ao bullying”, defendendo que a organização está a
construir “um novo modelo de verdadeiro multilateralismo”. O presidente chinês
anunciou ainda que Pequim vai disponibilizar este ano dois mil milhões de yuan
(cerca de 280 milhões de dólares) em ajuda gratuita aos países membros, além de
10 mil milhões de yuan em empréstimos através do consórcio bancário da SCO.
Por
sua vez, Putin afirmou que a guerra não foi desencadeada pela invasão russa de
fevereiro de 2022, mas sim por “um golpe na Ucrânia, apoiado e provocado pelo
Ocidente”. O presidente russo acrescentou que “a segunda razão da crise é a
tentativa constante do Ocidente de arrastar a Ucrânia para a NATO”.
O
encontro em Tianjin é descrito como a maior reunião da SCO desde a sua
fundação, em 2002, e faz parte da estratégia de Pequim para desafiar a
predominância de blocos multilaterais liderados pelo Ocidente, como a NATO.
Entre
os participantes está também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que
visita a China pela primeira vez em sete anos. Xi procurou destacar que as
relações entre Pequim e Nova Deli podem ser “estáveis e de longo alcance” se
ambos os países se focarem em ser parceiros em vez de rivais, apesar das
tensões passadas em torno de disputas fronteiriças e da proximidade chinesa com
o Paquistão.
De
acordo com o The Guardian, muitos dos líderes presentes deverão deslocar-se a
Pequim na quarta-feira para assistir ao desfile militar que assinala os 80 anos
do fim da Segunda Guerra Mundial, evento que contará também com a presença de
Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte. Alguns especialistas já dizem que um
eventual encontro formal entre Xi, Putin e Kim seria interpretado em Washington
como um sinal de alinhamento num novo cenário de “guerra fria”.
Notabanca; 01.09.2025

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