terça-feira, 12 de agosto de 2025

LIGA FAZ 34 ANOS E DIZ QUE A ESPERANÇA DO POVO É SACRIFICADA POR "CORRUPÇÃO" E "INJUSTIÇA"

A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) voltou a lançar duras críticas ao regime instalado na Guiné-Bissau, afirmando que a esperança do povo está a ser sacrificada por "corrupção" e "injustiça".

Em comunicado tornado público, esta terça-feira (12.08), dia em que assinala 34 anos de existência, a organização dos direitos humanos voltou a atualizar o país sobre a situação os direitos dos cidadãos.

Segundo a Liga, os direitos humanos se encontram "agonizados" na Guiné-Bissau, sob o peso esmagador da "repressão", da impunidade e da miséria, "enquanto a esperança do povo é brutalmente sacrificada dia após dia, nos altares da corrupção e da injustiça", lê-se na nota.

A LGDH particulariza os casos de violação contra mulheres e crianças e pessoas com deficiência, sublinhando que elas continuam a vulneráveis e a sofrer todo o tipo do mal. De acordo com a organização, "estas enfrentam discriminação estrutural, agravada por um aumento alarmante da violência baseada no género, incluindo violência doméstica, mutilação genital feminina, casamentos infantis e forçados - práticas que atentam contra os direitos humanos mais elementares e o Estado de Direito", destaca o comunicado.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos lembra que os dados oficiais revelam que "centenas de mulheres morrem anualmente durante o parto", na Guiné-Bissau, enquanto milhares de crianças continuam "privadas do direito fundamental à educação".

A instrumentalização e manipulação da Justiça, a degradação dos serviços sociais, nomeadamente a educação e saúde, são entre outros assuntos que mereceram o olhar crítico da LGDH, no dia do seu aniversário.

A organização dos direitos humanos recordou ainda o caso Tano Bari, antigo membro da segurança presidencial, dado como morto família, com suspeitas do homicídio.

"Por isso, a Liga exige, com a máxima urgência, que os responsáveis morais e materiais sejam identificados, levados a julgamento e punidos exemplarmente", diz a organização.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos denuncia ainda a detenção "ilegal" do Almirante José Américo Bubo na Tchuto, "combatente histórico pela liberdade da pátria", há mais de três anos, bem como a detenção de mais de uma dezena de militares e civis, no âmbito do "Caso Tcherninho".

Notabanca; 12.08.2025 

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