LIGA FAZ 34 ANOS E DIZ QUE A ESPERANÇA DO POVO É SACRIFICADA POR "CORRUPÇÃO" E "INJUSTIÇA"
A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) voltou a
lançar duras críticas ao regime instalado na Guiné-Bissau, afirmando que a
esperança do povo está a ser sacrificada por "corrupção" e
"injustiça".
Em comunicado tornado público, esta terça-feira (12.08), dia em que assinala 34 anos de existência, a organização dos direitos humanos voltou a atualizar o país sobre a situação os direitos dos cidadãos.
Segundo a Liga, os direitos humanos se encontram
"agonizados" na Guiné-Bissau, sob o peso esmagador da
"repressão", da impunidade e da miséria, "enquanto a esperança
do povo é brutalmente sacrificada dia após dia, nos altares da corrupção e da
injustiça", lê-se na nota.
A LGDH particulariza os casos de violação contra mulheres
e crianças e pessoas com deficiência, sublinhando que elas continuam a
vulneráveis e a sofrer todo o tipo do mal. De acordo com a organização,
"estas enfrentam discriminação estrutural, agravada por um aumento
alarmante da violência baseada no género, incluindo violência doméstica,
mutilação genital feminina, casamentos infantis e forçados - práticas que
atentam contra os direitos humanos mais elementares e o Estado de
Direito", destaca o comunicado.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos lembra que os dados
oficiais revelam que "centenas de mulheres morrem anualmente durante o
parto", na Guiné-Bissau, enquanto milhares de crianças continuam
"privadas do direito fundamental à educação".
A instrumentalização e manipulação da Justiça, a
degradação dos serviços sociais, nomeadamente a educação e saúde, são entre
outros assuntos que mereceram o olhar crítico da LGDH, no dia do seu
aniversário.
A organização dos direitos humanos recordou ainda o caso
Tano Bari, antigo membro da segurança presidencial, dado como morto família,
com suspeitas do homicídio.
"Por isso, a Liga exige, com a máxima urgência, que
os responsáveis morais e materiais sejam identificados, levados a julgamento e
punidos exemplarmente", diz a organização.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos denuncia ainda a
detenção "ilegal" do Almirante José Américo Bubo na Tchuto,
"combatente histórico pela liberdade da pátria", há mais de três
anos, bem como a detenção de mais de uma dezena de militares e civis, no âmbito
do "Caso Tcherninho".
Notabanca; 12.08.2025

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