EDC E FP DIZEM QUE EXPULSÃO DA IMPRENSA PORTUGUESA É ATO "IRRESPONSÁVEL"
O Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil (EdC) e a Frente Popular (FP) repudiaram, esta terça-feira (19.08) a expulsão, da Guiné-Bissau, do trio dos órgãos de comunicação social portugueses e consideram "irresponsável" a decisão das autoridades nacionais.
Em comunicado conjunto,
as duas organizações lembram que os ataques aos jornalistas e órgãos de
comunicação social não são de agora e enumeram alguns episódios, como os
ataques à Rádio Capital FM, as agressões contra jornalistas e a "fixação
abusiva" de taxas aos órgãos de comunicação social, para os
"asfixiar" financeiramente.
O Espaço de Concertação
das Organizações da Sociedade Civil e a Frente Popular não pouparam críticas à
decisão do Governo de Braima Camará, de mandar embora a Rádio e Televisão de
Portugal (RTP), a RDP África e a Agência Lusa.
"A expulsão dos
órgãos de comunicação pública portuguesa devidamente acreditados na
Guiné-Bissau, sem qualquer justificação legítima, constitui um ato flagrante de
autoritarismo e denuncia, de forma inequívoca, a natureza ilegítima de um
regime que despreza os pilares da democracia e do Estado de Direito",
lê-se no comunicado.
As organizações cívicas
reservaram ainda uma alínea da nota, para deixar um alerta às autoridades
portuguesas sobre as consequências da sua "cumplicidade" com o regime
guineense.
Eis, na íntegra, os
quatro pontos de deliberação, destacados no comunicado do EdC e da FP.
1. Repudiar
veementemente a expulsão das delegações da comunicação pública portuguesa,
classificando-a como autoritária e irresponsável;
2. Exigir a imediata
revogação desta decisão ilegal, que mina pinda mais os alicerces da democracia
guineense;
3. Manifestar total
solidariedade a todos os profissionais afetos aos órgãos visados, nomeadamente
RTP Africa, RDP Africa e Agência Lusa, reafirmando o compromisso de lutar pelos
seus direitos;
4. Alertar as
autoridades portuguesas para os riscos da sua postura complacente perante a
ditadura na Guiné-Bissau e o impacto negativo na democracia e nas relações
entre os dois povos;
5. Reiterar o apelo ao
povo guineense para uma resistência pacífica, visando o urgente resgate da
República e dos seus valores fundamentais.
Notabanca; 19.08.2025

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