terça-feira, 19 de agosto de 2025

EDC E FP DIZEM QUE EXPULSÃO DA IMPRENSA PORTUGUESA É ATO "IRRESPONSÁVEL"

O Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil (EdC) e a Frente Popular (FP) repudiaram, esta terça-feira (19.08) a expulsão, da Guiné-Bissau, do trio dos órgãos de comunicação social portugueses e consideram "irresponsável" a decisão das autoridades nacionais.

Em comunicado conjunto, as duas organizações lembram que os ataques aos jornalistas e órgãos de comunicação social não são de agora e enumeram alguns episódios, como os ataques à Rádio Capital FM, as agressões contra jornalistas e a "fixação abusiva" de taxas aos órgãos de comunicação social, para os "asfixiar" financeiramente.

O Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil e a Frente Popular não pouparam críticas à decisão do Governo de Braima Camará, de mandar embora a Rádio e Televisão de Portugal (RTP), a RDP África e a Agência Lusa.

"A expulsão dos órgãos de comunicação pública portuguesa devidamente acreditados na Guiné-Bissau, sem qualquer justificação legítima, constitui um ato flagrante de autoritarismo e denuncia, de forma inequívoca, a natureza ilegítima de um regime que despreza os pilares da democracia e do Estado de Direito", lê-se no comunicado.

As organizações cívicas reservaram ainda uma alínea da nota, para deixar um alerta às autoridades portuguesas sobre as consequências da sua "cumplicidade" com o regime guineense.

Eis, na íntegra, os quatro pontos de deliberação, destacados no comunicado do EdC e da FP.

1. Repudiar veementemente a expulsão das delegações da comunicação pública portuguesa, classificando-a como autoritária e irresponsável;

2. Exigir a imediata revogação desta decisão ilegal, que mina pinda mais os alicerces da democracia guineense;

3. Manifestar total solidariedade a todos os profissionais afetos aos órgãos visados, nomeadamente RTP Africa, RDP Africa e Agência Lusa, reafirmando o compromisso de lutar pelos seus direitos;

4. Alertar as autoridades portuguesas para os riscos da sua postura complacente perante a ditadura na Guiné-Bissau e o impacto negativo na democracia e nas relações entre os dois povos;

5. Reiterar o apelo ao povo guineense para uma resistência pacífica, visando o urgente resgate da República e dos seus valores fundamentais.

Notabanca; 19.08.2025 

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