DEZ PRESIDENTES BRASILEIROS JÁ FORAM PRESOS SAIBA O MOTIVO DE CADA UM
Jair Bolsonaro é o mais
recente a aumentar lista, que soma prisões por corrupção e acusação de crimes
políticos. Lista de presidentes do Brasil já presos aumentou nesta semana com a
prisão domiciliar deJair Bolsonaro (PL ). O ex-mandatário foi
alvo da ação depois de ter descumprido medida cautelar de não usar as redes
sociais, mesmo por intermédio de terceiros, ao participar de manifestações no
dia 3 de agosto.
Com isso, ele é o décimo presidente do Brasil já preso. A lista tem, desde a redemocratização, mais três nomes: o presidente Lula (PT), Michel Temer (MDB) e Fernando Collor.
Além desses casos, já
foram presos na história republicana mandatários ou
ex-mandatários suspeitos ou acusados de crimes políticos, em meio a crises e
golpes.
Entenda como foi a prisão
de 10 presidentes do Brasil.
Desde a redemocratização, Lula (PT) foi o
primeiro a ser preso, depois de ter sido condenado em
segunda instância por corrupção e lavagem de
dinheiro , em 2018. Preso por 580 dias, o petista posteriormente
teve a pena anulada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Antes de ser detido, Lula
ficou alojado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, e
se entregou após dois dias no local. O período na prisão foi cumprido
integralmente na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em uma sala adaptada.
Em prisão domiciliar
desde o dia 4 de julho por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes. O
ex-presidente falou com aliados, pelo celular, durante manifestações
bolsonaristas no dia anterior.
Moraes entendeu que a
ação descumpria medida cautelar impedindo o uso de redes sociais, inclusive por
meio de terceiros. O político é investigado em um inquérito que envolve um de
seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por atentado à
soberania, dentre outros crimes.
Ele também é réu em uma
ação penal que investiga uma tentativa de golpe iniciada em 2022 para impedir a
posse do presidente Lula. Michel Temer (MDB) foi preso
preventivamente em duas ocasiões em 2019, por um total de dez dias, também em
um desdobramento da Operação Lava Jato.
Na primeira, foi detido
em São Paulo e levado ao Rio de Janeiro. Na segunda, ficou na superintendência
da PF na capital paulista. Conseguiu habeas corpus e não chegou a ser sentenciado
nos processos.
Collor foi condenado pelo
STF em maio de 2023 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro. A pena foi fixada na ocasião em oito anos e dez meses de reclusão. Em
abril de 2025, ele foi preso também por decisão de Moraes. O ex-presidente foi
liberado para cumprir pena em regime domiciliar em março do mesmo ano.
A denúncia tinha sido
apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da
República) em agosto de 2015, no âmbito da Lava Jato . Ele foi acusado de
receber propina de um esquema de corrupção na BR Distribuidora, empresa
subsidiária da Petrobras .
A defesa sustentou ao
Supremo que as acusações contra o ex-presidente são baseadas apenas em delações
premiadas.
Jânio Quadros foi detido em 1968 , durante a ditadura
militar, por ter feito críticas ao regime. Por ordem do governo, ficou
temporariamente "confinado" a Corumbá, que hoje integra Mato Grosso
do Sul. Ele era natural de Campo Grande.
Jânio havia tido seus
direitos políticos suspensos em abril de 1964. Ele tomou posse três anos antes
e renunciou depois de sete meses. O resultado foi uma grave crise política que
desembocou no golpe de 64.
Com direitos políticos
cassados pela ditadura, Juscelino Kubitschek foi aprisionado em um
quartel após a edição do AI-5, em 1968, que endureceu o regime. Em seguida,
passou um mês em prisão domiciliar.
Conhecido pelo lema 50
anos em 5 e pela proposta de modernizar o Brasil, o político morreu vítima de
um acidente de carro na via Dutra, no estado do Rio de Janeiro. A morte gerou
luto oficial de três dias e cortejo fúnebre no cemitério do Campo da Esperança,
em Brasília.
Café Filho assumiu o
poder depois da morte de Getúlio Vargas, mas teve problemas de saúde e se
afastou do cargo. Ao tentar voltar para o posto, teve a casa cercada pelo
Exército.
Ficou incomunicável em
seu apartamento antes de ter seu impedimento votado pelo Congresso durante a
crise que precedeu a posse de JK.
A Era Vargas teve dois
ex-presidentes presos. O primeiro foi Washington Luís, que, deposto pelo
levante liderado por Getúlio Vargas em 1930, foi detido e
partiu para o exílio.
Antes de se tornar
presidente do Brasil em 1930, foi vereador em São Paulo, prefeito da cidade,
deputado estadual e governador.
Artur Bernardes perdeu a
liberdade duas vezes. Primeiro em 1932, ao apoiar a Revolução
Constitucionalista. Na ocasião, foi transferido para a cidade do Rio de
Janeiro. Depois, se exilou em Lisboa, mas voltou ao Brasil ao receber anistia
em 1934.
A segunda prisão ocorreu
em 1939, após Vargas decretar o Estado Novo. Antes disso, teve liberdade de
locomoção restrita ao Rio de Janeiro e Viçosa, em Minas Gerais, cidade onde
nasceu em 1875.
Então presidente do Clube
Militar, Hermes teve a prisão decretada, em julho de 1922, pelo próprio
presidente Epitácio Pessoa. Hermes havia contestado a repressão do governo
contra grupos insatisfeitos com a eleição de Artur Bernardes para o Palácio do
Catete.
Após sofrer um infarto, o
ex-presidente foi liberado, voltando a ser preso dias depois, com a revolta no
Forte de Copacabana. Com o tenentismo em seu pé, Epitácio decretou estado de
sítio.
O ex-presidente seria
libertado após um habeas corpus no Supremo em seu favor em janeiro de 1923. Doente, morreu em setembro daquele ano.
Notabanca; 08.08.2025

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