50º ANIVERSÁRIO DA ANG DIRETOR-GERAL DIZ QUE É IMPENSÁVEL TER UM SERVIÇO DE NOTÍCIAS COMPLETO SEM AS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Diretor-geral da Agência de Noticias da Guiné
reiterou hoje que é impensável um serviço de notícias completo sem as agências
de notícias.
Salvador Gomes discursava na cerimónia comemorativa do 50º aniversário da ANG, decorido em Bissau sob o lema “ O que fizemos e o que não fizemos”, e defendeu que o Governo deve enquadrar a ANG como uma instituição central equipada para reunir informações sobre o território nacional.
Salvador Gomes recordou que a ANG foi criada em 1975
para, entre outras missões, promover a imagem externa do país, acabado de sair
de uma guerra de 11 anos, para a independência nacional.
“O pais acabara de sair de uma guerra para a
independência de 11 anos, seria preciso mostrar ao mundo que as novas
autoridades estão empenhadas na sua reconstrução, no meio de muitas
dificuldades, pelo que os apoios internacionais continuam a ser uma necessidade
para o país, disse Gomes citando a primeira diretora-geral da ANG, Lucete
Djawara
O DG da ANG sublinhou que a promoção da imagem
da Guiné-Bissau continua uma necessidade nos dias de hoje, visto que o país é
fustigado, frequente e fortemente pelo fenómeno de desinformação, além da
necessidade de mobilização de apoios externos para o desenvolvimento .
Salvador Gomes fez um historial da ANG destacando que
ao longo dos 50 anos o órgão passou por bons e maus momentos, em termos de
funcionamento.
Disse que as dificuldades ainda persistem mas
que a direção do órgão quer transformá-las em desafios, para agência poder
cumprir a sua missão de informar e formar a opinião pública,nacional e
internacional, com apoios do Governo e de parceiros.
Em nome dos antigos Directores-gerais da ANG,
António Óscar(Cancan) Barbosa destacou que o papel do jornalista é
insubstituivél na consolidação da democracia.
Acrescentou que a sua missão fundamental é
informar com rigor, imparcialidade e responsabilidade, permitindo que os
cidadãos tenham acesso à todos os dados credíveis e plurais que lhes permitem
formar opiniões livres e consciente.
Afirmou que uma imprensa independente livre é um dos
pilares essênciais do Estado de Direito,porque garante a transparência na
governação, denuncia abusos de poder e dá voz à sociedade civil.
António Oscar Barbosa assegurou que na Guiné-Bissau
este papel ganhou uma dimensão histórica particular com a criação da ANG, uma
instituição pública que desde a sua fundação tem procurado afirmar- se como
fonte oficial e finedigna de informação nacional.
“A ANG nasceu da necessidade de adotar o país de um
órgão capaz de centralizar, tratar e difundir notícias de interesse público,
dentro e fora do territorio nacional, no período em que a comunicação era
decisiva para a unidade nacional e para a afirmação da soberania”, destacou
António Oscar Barbosa.
Disse que ao longo dos anos, a ANG atravessou deversas
fases, acompanhando a evolução política, social e tecnologica da Guiné-Bissau,
e que apesar das dificuldades estruturais e financeiras se manteve como
referência no sistema mediático guineense, assumindo-se como escola de formação
para vários profissionais, que mais tarde desempenham funções de revelo na
comunicação social e na vida pública.
A cerimónia comemorativa dos 50 anos ainda ficou
marcada com lançamento de um livro sobre a ANG, intitulao “Da História ao Livro
de Estilo”, da autoria do DG, Salvador Gomes.
Ainda fizerem parte do programa comemorativo a
realização de uma palestra sobre “A ANG no Contexto Mediatico Guineense”,
animada por Salvador Gomes, e uma seção de homenagens ao antigo ministro da
Comunicação Social. Florentino Fernando Dias, e a cinco antigos
diretores-gerais do órgão, e aos funcionários já aposentados.
A cerimónia comemorativa só ficaria concluída
com a realização à tarde, de um almoço de confraternização.
Notabanca; 20.08.2025

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