domingo, 3 de agosto de 2025

3 DE AGOSTO MARCADO POR FUGA DE FUNCIONÁRIOS EM BUSCA DE MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA

A Guiné-Bissau assinala, este domingo (03.08), o Dia dos "Mártires de Pindjiguiti", 66 anos do massacre de trabalhadores portuários pela polícia colonial portuguesa.

No atual contexto da Guiné-Bissau, poucos trabalhadores guineenses querem permanecer no país.

Mais de seis décadas depois do acontecimento, os trabalhadores guineenses continuam a queixar-se do Estado. Salário "precário" e falta de condições laborais, são entre outros pontos que têm constado no caderno reivindicativo dos sindicatos.

Numa entrevista recente à Rádio Capital FM, o secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça, afirmou que, a situação dos servidores públicos guineenses "é hoje pior do que na época colonial" e insiste que se deve adotar o salário mínimo nacional.

Regista-se, atualmente, uma onda de fuga dos trabalhadores guineenses para o exterior, concretamente para Europa, buscando as melhores condições de vida. Vários departamentos governamentais viram partir os seus quadros, mas os que mais saíram do país são técnicos de saúde e professores.

À medida que se agrava a instabilidade política e o atraso na resolução dos problemas dos funcionários, há mais fuga dos servidores para o estrangeiro.

Há décadas que 03 de agosto, Dia dos Trabalhadores Guineense, tem servido para os partidos e governos da Guiné-Bissau lançarm lotes de promessas que nunca são cumpridos, enquanto por outro lado os sindicatos continuam a carregar no botão da greve, que têm tidorepercussões nos hospitais e centros de saúde do país.

 Os trabalhadores guineenses homenagearam os Mártires de Pindjiguiti este domingo, [03.08], no Monumento a frente do Porto de Pindjiguiti, com a deposição de coroas de flores.  

Os servidos públicos e privados saíram da sede da UNTG fizeram uma marcha pacífica com itinerário ao Benfica, praço dos Heróis Nacionais até praça de Pindjiguiti.  

Uma cerimónia organizada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné, UNTG e presidida pela Directora-geral do Trabalho, em representação da Ministra da Administração Pública, Reforma Administrativa, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social.  

Na ocasião, Assucenia de Barros apelou a unidade no seio dos trabalhadores guineenses como acontecia há 66 anos com, os que foram matizados pela força colonial portuguesa.  

Esta responsável reafirma o engajamento do Governo em continuar levar em consideração  assuntos dos trabalhadores no Conselho de Concertação Social que junta Governo, empregadores e trabalhadores.  

Por sua vez, o Secretário-geral da UNTG volta a lamentar a situação dos trabalhadores guineenses e pediu o aumento salarial em 2026, tendo em conta o nível de vidas dos servidores públicos.  

Para além da Diretora-geral do Trabalho e  Secretário-geral da UNTG estiveram presentes nesta homenagem aos trabalhadores que foram barbaramente massacrados pela força colonial portuguesa em 1959, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Marítimo Portuária, Igualdino Afonso Té, um representante da ANP e vários trabalhadores de diferentes serviços estatais e privados.   


Notabanca; 03.08.2025 

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