TRUMP E PRESIDENTES AFRICANOS AGRICULTURA BASE DE DESENVOLVIMENTO EM ÁFRICA EXCLUIDA AO FAVOR DE ARMAS
No dia 9 deste mês,
cinco Chefes de Estado africanos, nomeadamente, da Guiné-Bissau, do Senegal,
Mauritânia, Libéria e Gabão foram recebidos na Casa Branca pelo Presidente dos
Estados Unidos da America, Donald Trump. numa audiência, articulada pelo
Presidente da Guiné-Bissau, Úmaro Sissoco Embaló, com apoio do Presidente
francês Emmanuel Macron, pretendia promover o investimento nos respetivos
países.
Durante o encontro,
os líderes africanos apresentaram as potencialidades dos seus países, esperando
despertar o interesse dos empresários e investidores norte-americanos. A
resposta de Trump, no entanto, foi desconcertante: em vez de falar de
investimentos no desenvolvimento, propôs que os Estados Unidos exportassem
armas para África e tambem falou dos migrantes.
A proposta contraria
completamente as reais prioridades dos povos africanos. A África não precisa de
mais armamento. Precisa, sim, de tractores e de mais alfaias agricolas para
mecanizar a agricultura, possuir mais infraestruturas básicas como estradas e
pontes, energia elétrica sustentável, água potável, escolas, hospitais, e
formação técnica para os jovens africanos.
A segurança que os
países africanos necessitam, é segurança alimentar, sanitária, educacional e
económica. –porque não se combate a pobreza com armas. Não se constrói o desenvolvimento
com tanques blindados. Não se oferece dignideade com armas, munições,
exploração e abuso.
As potências
internacionais que pretendem afirmar parcerias com África devem rever as suas
prioridades. O continente precisa de parcerias produtivas, justas e
sustentáveis, que valorizem os recursos locais e respeitem a dignidade dos
povos africanos. Nem mais.
Aos líderes africanos,
cabe também a responsabilidade de rejeitar modelos de cooperação baseados no
militarismo e pressão à submissão política de barbaridade. Devem sim, defender
com firmeza, os interesses legítimos das suas nações.
O futuro de África
constrói-se com investimento na vida, não na guerra de banho de sangue.
Por: Lai Baldé-jornalista Editor Chefe de Notabanca
Notabanca; 13.07.2025


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