domingo, 13 de julho de 2025

TRUMP E PRESIDENTES AFRICANOS AGRICULTURA BASE DE DESENVOLVIMENTO EM ÁFRICA EXCLUIDA AO FAVOR DE ARMAS

No dia 9 deste mês, cinco Chefes de Estado africanos, nomeadamente, da Guiné-Bissau, do Senegal, Mauritânia, Libéria e Gabão foram recebidos na Casa Branca pelo Presidente dos Estados Unidos da America, Donald Trump. numa audiência, articulada pelo Presidente da Guiné-Bissau, Úmaro Sissoco Embaló, com apoio do Presidente francês Emmanuel Macron, pretendia promover o investimento nos respetivos países.

Durante o encontro, os líderes africanos apresentaram as potencialidades dos seus países, esperando despertar o interesse dos empresários e investidores norte-americanos. A resposta de Trump, no entanto, foi desconcertante: em vez de falar de investimentos no desenvolvimento, propôs que os Estados Unidos exportassem armas para África e tambem falou dos migrantes.

A proposta contraria completamente as reais prioridades dos povos africanos. A África não precisa de mais armamento. Precisa, sim, de tractores e de mais alfaias agricolas para mecanizar a agricultura, possuir mais infraestruturas básicas como estradas e pontes, energia elétrica sustentável, água potável, escolas, hospitais, e formação técnica para os jovens africanos.

A segurança que os países africanos necessitam, é segurança alimentar, sanitária, educacional e económica. –porque não se combate a pobreza com armas. Não se constrói o desenvolvimento com tanques blindados. Não se oferece dignideade com armas, munições, exploração e abuso.  

As potências internacionais que pretendem afirmar parcerias com África devem rever as suas prioridades. O continente precisa de parcerias produtivas, justas e sustentáveis, que valorizem os recursos locais e respeitem a dignidade dos povos africanos. Nem mais.

Aos líderes africanos, cabe também a responsabilidade de rejeitar modelos de cooperação baseados no militarismo e pressão à submissão política de barbaridade. Devem sim, defender com firmeza, os interesses legítimos das suas nações.

O futuro de África constrói-se com investimento na vida, não na guerra de banho de sangue.

Por: Lai Baldé-jornalista Editor Chefe de Notabanca

Notabanca; 13.07.2025

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