LIGA DIZ QUE PAÍS CAMINHA A CRISE DEVASTADORA COM EXECUÇÃO SUMÁRIA DE TANO BARI EXIGE LIBERTAÇÃO DO TCHERNINHO E OUTROS DETIDOS
Tik tak tik tak. Confirme batem os ponteiros do relógio, assim mesmo vai saindo a fumaça da instabilidade sociopolítica da Guiné-Bissau.A Liga Guineense dos
Direitos Humanos (LGDH) apelou esta segunda-feira ao Ministério Público para
que avance, com urgência e firmeza, na abertura de um processo-crime contra os
presumíveis responsáveis pela morte de Mamadu Tano Bari.
Durante uma conferência
de imprensa na Casa dos Direitos, o presidente da LGDH, Bubacar Turé,
qualificou o caso como uma “hipotética execução sumária” e exigiu a realização
de uma investigação independente, imparcial e transparente, que conduza à
responsabilização dos autores materiais e intelectuais do alegado crime.
A organização também
pediu a libertação imediata de Tcherno Bari, irmão da vítima, conhecido por
“Tcherninho”, que permanece detido em circunstâncias que a LGDH considera
ilegais e arbitrárias.
Turé criticou o que
classificou como um “silêncio cúmplice e ensurdecedor” por parte das
autoridades, considerando a ausência de respostas um sinal alarmante de
conivência com práticas de execuções extrajudiciais e um fator agravante da
cultura de impunidade no país.
Também, a Liga
denunciou a detenção de cerca de dez pessoas, entre militares e civis afetos a
Guarda Presidencial, sem nenhum processo judicial.
“Exigimos das
autoridades judiciais a rápida identificação e responsabilização criminal dos
agressores, em conformidade com os princípios da justiça”, afirmou o presidente
da LGDH.
De acordo com a RTB, a
organização denunciou também a alegada falta de transparência em todo o
processo, reiterando que a detenção de Tcherno Bari e de outros cidadãos
relacionados com o caso viola as garantias constitucionais e os direitos
fundamentais.
No encerramento da
conferência, a LGDH reforçou o apelo ao fim de perseguições políticas,
detenções arbitrárias, tortura e execuções sumárias, sejam as vítimas civis ou
militares.
“Reafirmamos a nossa
determinação inabalável em continuar a luta pela defesa dos direitos humanos e
pela consolidação do Estado de Direito na Guiné-Bissau”, concluiu Bubacar Turé.
Notabanca; 27.07.2025



Sem comentários:
Enviar um comentário