segunda-feira, 28 de julho de 2025

LIGA DIZ QUE PAÍS CAMINHA A CRISE DEVASTADORA COM EXECUÇÃO  SUMÁRIA DE TANO BARI EXIGE LIBERTAÇÃO DO TCHERNINHO E OUTROS DETIDOS

Tik tak tik tak. Confirme batem os ponteiros do relógio, assim mesmo vai saindo a fumaça da instabilidade sociopolítica da Guiné-Bissau.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) apelou esta segunda-feira ao Ministério Público para que avance, com urgência e firmeza, na abertura de um processo-crime contra os presumíveis responsáveis pela morte de Mamadu Tano Bari. 
A organização denuncia que apareceu em João Landim, um grupo de pessoas  que obrigou para enterrar o corpo, constituindo uma atitude deliberada para ocultar as pistas e a verdade da morte do Tanu Bari.

Durante uma conferência de imprensa na Casa dos Direitos, o presidente da LGDH, Bubacar Turé, qualificou o caso como uma “hipotética execução sumária” e exigiu a realização de uma investigação independente, imparcial e transparente, que conduza à responsabilização dos autores materiais e intelectuais do alegado crime.

A organização também pediu a libertação imediata de Tcherno Bari, irmão da vítima, conhecido por “Tcherninho”, que permanece detido em circunstâncias que a LGDH considera ilegais e arbitrárias.

Turé criticou o que classificou como um “silêncio cúmplice e ensurdecedor” por parte das autoridades, considerando a ausência de respostas um sinal alarmante de conivência com práticas de execuções extrajudiciais e um fator agravante da cultura de impunidade no país.

Também, a Liga denunciou a detenção de cerca de dez pessoas, entre militares e civis afetos a Guarda Presidencial, sem nenhum processo judicial.

Durante o mesmo encontro com a imprensa, a LGDH condenou ainda a agressão ao jornalista Waldir Araújo, ocorrida nos últimos dias, classificando o ato como um “ataque frontal à liberdade de imprensa e ao Estado de Direito Democrático”.

“Exigimos das autoridades judiciais a rápida identificação e responsabilização criminal dos agressores, em conformidade com os princípios da justiça”, afirmou o presidente da LGDH.

De acordo com a RTB, a organização denunciou também a alegada falta de transparência em todo o processo, reiterando que a detenção de Tcherno Bari e de outros cidadãos relacionados com o caso viola as garantias constitucionais e os direitos fundamentais.

No encerramento da conferência, a LGDH reforçou o apelo ao fim de perseguições políticas, detenções arbitrárias, tortura e execuções sumárias, sejam as vítimas civis ou militares.

“Reafirmamos a nossa determinação inabalável em continuar a luta pela defesa dos direitos humanos e pela consolidação do Estado de Direito na Guiné-Bissau”, concluiu Bubacar Turé.

Notabanca; 27.07.2025 

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