GUINÉ-BISSAU ASSUME PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DA CPLP
A Guiné-Bissau assumiu esta terça-feira, a presidência
do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP (CONSAN-CPLP), depois
de São-Tomé e Principe liderar a organização por dois anos.
O ato aconteceu na V reunião Ordinária do Conselho de
Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP a decorrer no país durante todo dia
de hoje.
Após assumir a presidência do conselho, o ministro de agricultura Queta Balde disse que a declaração de Bissau reflita seus comprimissos coletivo com a erradicação da fome.
“A presidência da Guiné-Bissau do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP, está determinada a deixar um legado concreto, para isso, apresentamos um plano de atividades de Bissau 2025/27, que prioriza a implantação efetiva em ação CPLP, a mobilização de recursos, o fortalecimento institucional e o seguimento e avaliação participativo. Estamos certos de que a declaração de Bissau a ser aprovada nesta reunião, reflita fielmente o nosso compromisso coletivo com a erradicação da fome, o respeito pelos direitos humanos, a alimentação adequada e o fortalecimento do sistema alimentares sustentáveis justos”, diz acrescentando que “ em todos os estados membros a fome não é inevitável, é resultado das decisões, prioridades e omissões. A nossa geração tem os instrumentos de conhecimento e os recursos necessários para transformar essa realidade, falta apenas a vontade coletiva e a coragem política. É possível alimentar os nossos povos com dignidade, justiça e sustentabilidade. É possível! E o momento é agora”, rigozijou o ministro guineense.
Por sua vez, o
ministro de agricultura de São-Tomé e Principe, e quem presidia o CONSAN CPLP,
Nilton Garrido Pontes, enfatizou que a segurança alimentar e nutricional não se
alcança com medidas fragmentadas, exigem medidas que articulem produção e
nutrição.
“A proposta da Guiné-Bissau para esta presidência é
ambiciosa e profundamente alinhada com eixos da estratégia da segurança
alimentar e nutricional da CPLP, e, ao propor este lema, a Guiné-Bissau aponta
um caminho claro para renovação do nosso compromisso político, técnico e
institucional para realização dos direitos humanos, alimentação adequada no
espaço da CPLP, porque a segurança alimentar nacional não se alcança com
medidas fragmentadas ou relativas, exige políticas públicas robustas
territoriais integradas e participativas que articulem produção, nutrição,
saúde, proteção social e ambiente. Esta é uma oportunidade para que todos os
estados membros alinhem as suas estratégias às transformações globais dos
sistemas agro-alimentares e suas realidades locais. A soberania alimentar é um
exercício de democracia, solidariedade e autonomia, acreditamos que juntos
podemos erradicar a fome, proteger e afirmar a dignidade dos povos da CPLP”,
sublinhou.
Testemunhando o ato, o Secretário executivo da CPLP,
Secretário-executivo da (CPLP), Zacarias da Costa, estima que cerca de 28
milhões de pessoas, continuam a sofrer de sub-nutrição na comunidade, disse
RSM.
“ Embora se possa registar algum progresso, estima-se
que cerca de 28 milhões de pessoas estão a sofrer de sub-nutrição nos países da
nossa comunidade, colocando-os distantes de alcançar metas definidads pelo ODS
2, da agenda das Nações Unidas para o deselvolvimento sustentável. São numeros
preocupantes que merecem a nossa reflexão e máximo compromisso, uma ação mais
coordenada e sistematicas”, diz sublinhando que “ é fundamental combatermos o
abandono das àreas rurais pelos mais jovens, com consequências no aumento da
pobreza e na insegurança alimentar e nutricional nas áreas peri-urbanas e
urbanas. É importante encontrar meios para fixar, atrair e resgatar o interesse
dos jovens pela vida rural, diversificando e criando maiores oportunidades de
emprego e rendimento nestes contextos”.
O Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP, criado em 2012, é um orgao de natureza consultiva entre estados membros da CPLP em materia de segurança alimentar e nutricional. A sua missão fundamental, é contribuir para efetivação do direito humanos à alimentação adequada e para a construção de sistemas alimentares sustentáveis na comunidade.
Notabanca; 15.07.2025




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