GREVE DE 10 DIAS NO SETOR DA SAÚDE
A Frente Social
anunciou, na sexta-feira, o arranque da oitava vaga de greve nacional, com
início marcado para a próxima segunda-feira, 21 de julho. Desta vez, a
paralisação abrangerá exclusivamente o setor da saúde pública, num sinal claro
de desgaste e impaciência face à falta de respostas do Governo, disse RSM.
A decisão foi comunicada durante uma conferência de imprensa realizada em Bissau, na qual a Frente Social criticou a postura do Governo, que considera passiva perante as reivindicações apresentadas.
“Vamos iniciar a oitava
vaga de greve no setor da saúde pública no dia 21 do corrente mês, com duração
de duas semanas. Desta vez, a paralisação abrangerá exclusivamente o setor da
saúde pública, pois os professores não demonstraram interesse em lutar pelos
seus direitos.” Disse presidente da comissão negocial.
Segundo Sene Djassi, presidente
da comissão da Frente Social, esta será a oitava vaga de greve organizada pela
plataforma, sendo desta vez limitada exclusivamente ao setor da saúde pública.
Djassi justificou a
exclusão dos professores nesta fase da greve, afirmando que "não estão
interessados em lutar pelos seus direitos", razão pela qual não
participarão nesta nova paralisação.
Importa recordar que, no
passado dia 4 de julho, a Frente Social entregou ao Governo um pré-aviso de
greve, com um prazo de duas semanas para negociações. O objetivo era pôr termo
às constantes paralisações nos setores da educação e da saúde, considerados
cruciais para o desenvolvimento do país.
Questionado sobre se a
fraca adesão dos professores estaria relacionada com eventuais desentendimentos
entre os sindicatos do setor da educação, Djassi rejeitou essa hipótese.
Reiterou que a não participação se deve, exclusivamente, à falta de interesse
demonstrada pelos próprios docentes.
“A não participação dos
professores nesta oitava vaga da Frente Social não se deve exclusivamente à
falta de interesse demonstrada pelos próprios docentes.” Explicou Sene Djassi.
Esta nova paralisação
deverá durar duas semanas e tem como principais exigências o pagamento dos
salários em atraso aos técnicos de saúde e a melhoria das condições laborais no
setor.
Apesar de confirmado o
início da nova paralisação, a Frente Social reafirmou a sua disponibilidade
para dialogar com o Governo. O objetivo é encontrar soluções que possam pôr fim
às greves no setor da saúde pública.

Notabanca; 18.07.2025

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