DSP: "DEMOCRATAS A ABRAÇAR DITADORES E A APLAUDIR FASCISTAS"
Ao
finalizar mais uma crítica à realização da cimeira da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP) na Guiné-Bissau, argumentando com a caducidade de
mandato do Presidente Umaro Sissoco Embaló, o líder do parlamento guineense,
Domingos Simões Pereira, não se orgulha do evento na capital guineense.
Na
sua mensagem semanal das sextas-feiras, disponível nas redes sociais, o
Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) lamenta que os princípios e
valores sagrados em democracia tenham desaparecido para muitos políticos.
"Tudo que conhecíamos como princípios e valores, aquilo que os nossos pais fundadores chamavam de ideologia, é substituído hoje pelo pragmatismo, que significa que tudo que enche o seu bolso e dá bom trato ao seu corpo deve ser mais importante do que aquilo que enche o seu coração e lhe dá orgulho", disse numa clara alusão à realização da cimeira da cimeira da CPLP em Bissau. Mas acrescentou, na sua observação, começando por lamentar mais uma vez.
"Infelizmente
essa é a realidade. É o tal pragmatismo que leva a democratas a abraçarem
ditadores. Aqueles que se proclamam de liberais e têm liberdade como os seus
principais atributos batem palmas aos assumidamente fascistas. Infelizmente
essa é a realidade", disse na sua comunicação de 15 minutos.
O
líder do parlamento nega que tenha pedido à Assembleia Parlamentar da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa o cancelamento da cimeira da
organização lusófona em Bisaau.
"Se
fosse isso que pedi, seria a demonstração do desconhecimento total da
organização, da minha parte. Aliás, na primeira linha da minha intervenção,
comecei por chamar a atenção de que nenhum órgão da CPLP se sobrepõe a outro. E
é verdade que a Conferência dos Chefes de Estado e do Governo é o órgão máximo.
Portanto, eu não poderia estar a pedir a Assembleia Parlamentar [da CPLP) que
cancelasse uma reunião do nível dos Chefes de Estado e do Governo",
esclareceu, alargando depois a explicação.
"O
que dissemos claramente é que a Assembleia Parlamentar devia fazer um
pronunciamento claro sobre a situação política vigente na Guiné-Bissau e, ao
mesmo tempo, reconhecendo a sua gravidade e o facto de a cimeira ter lugar num
país cujo Presidente está fora do mandato [constitucional], pedimos que a
Assembleia Parlametar criasse mecanismo de acompanhamento da situação referida,
para evitar o aproveitamento indivíduo da cimeira e evitar atribuir
legitimidade a uma entidade que não a tem do povo guineense", concluiu
sobre o equívoco.
Domingos Simões Pereira não participou presencialmente na sessão da Assembleia Parlamentar da CPLP, que teve lugar esta semana na capital moçambicana, mas mandou um texto, sobre a sua posição, que foi lido na plenária, pelo secretariado daquele órgão.
Notabanca; 18.07.2025


Ziguezagues politicas, entenda quem puder kkkkkkkkk...
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