CIMEIRA DA CPLP DECORRE EM BISSAU COM A TÓNICA NA SEGURANÇA ALIMENTAR
A XV Cimeira de
Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa
(CPLP) decorre hoje em Bissau com a tónica na segurança alimentar e numa
organização com mais ação além da retórica.
A cimeira, que marca
a transição da presidência da comunidade de São Tomé e Príncipe para a
Guiné-Bissau, tem confirmadas as presenças de cinco presidentes da República e
de dois primeiros-ministros.
Esta será a primeira
vez, em 29 anos da organização de países de língua portuguesa, que Portugal não
está representado ao mais alto nível, cabendo ao ministro dos Negócios
Estrangeiros, Paulo Rangel, representar o país.
Além do anfitrião, o chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, estão em Bissau os Presidentes de Timor-Leste, José Ramos Horta, de Cabo Verde, José Maria Neve, de Moçambique, Daniel Chapo, e de São Tomé e Príncipe, Carlos Manuel Vila Nova.
A cimeira decorre nas
instalações do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, e o programa
integra, além da troca formal da presidência da organização, a apreciação de
recomendações e votação de projetos.
Os chefes de Estado e
de Governo vão eleger o novo secretário executivo da CPLP para o período de
2025 a 2027, sendo que Angola propôs a diplomata e ex-ministra angolana Maria
de Fátima Jardim para substituir o timorense Zacarias da Costa.
A cimeira será palco
do debate político sobre "A CPLP e a Soberania Alimentar: Um Caminho para
o Desenvolvimento Sustentável", o tema escolhido pela Guiné-Bissau para os
próximos dois anos na presidência da comunidade.
Para o Governo
guineense, garantir a soberania alimentar no espaço da CPLP "é mais do que
assegurar a produção de alimentos, é garantir a dignidade dos povos, a
resiliência das nações e a estabilidade das sociedades".
O país africano
promete, na presidência da CPLP, uma organização de ação e rejeita a ideia de
que a instabilidade política no país possa afetar os dois anos de mandato.
Na cimeira de Bissau
será ainda entregue o prémio "José Aparecido de Oliveira" a Maria do
Carmo Silveira, anterior secretária executiva da CPLP, e a Joaquim Chissano,
antigo Presidente da República de Moçambique.
O prémio, em honra do
ex-embaixador do Brasil em Lisboa que se empenhou na criação da CPLP, foi
instituído em 2011 para reconhecer e homenagear personalidades e instituições
que se distingam na defesa, valorização e promoção dos princípios, valores e
objetivos da CPLP.
Notabanca; 18.07.2025

Sem comentários:
Enviar um comentário