quarta-feira, 16 de julho de 2025

19 ANOS DEPOIS GUINÉ-BISSAU ORGANIZA CIMEIRA DA CPLP EM CONTEXTO DIFERENTE

A Guiné-Bissau volta a organizar, 19 anos depois, mais uma cimeira dos Chefes de Estados e de Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), desta vez, em meio a uma crise política-parlamentar, contrariamente ao contexto de 2006.

Na cimeira de há 19 anos, o país tinha um Presidente da República (Nino Vieira) dentro do limite constitucional do mandato e um parlamento a funcionar normalmente. Mas agora o cenário é diferente. A Guiné-Bissau não tem Assembleia Nacional Popular (ANP) a funcionar e tem um Presidente da República cujo mandato terminou em 27 de fevereiro passado, mas que considera que o período de exercício presidencial só acaba em 4 de setembro próximo, dentro de 50 dias.

É neste contexto que se realiza a reunião magna dos Chefes de Estado da CPLP, já criticada por várias vozes, ativistas, políticos e académicos. Ainda assim, as autoridades guineenses apostam muito na realização do evento em Bissau e será mais um, do reinado de Umaro Sissoco Embaló.

Estando Embaló na Presidência da República, o país já realizou cimeiras da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA) e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Se para o Presidente Umaro Sissoco Embaló esses eventos, no país, são motivos de regozijo e de orgulho nacional, os críticos do regime pensam diferente e preferem destacar um lote de acontecimentos negativos que marcaram a Guiné-Bissau nos últimos anos, como a violação dos direitos humanos, para não concordar com a opinião de Embaló.

Em 2006, ano em que a CPLP completou 10 anos de existência, a cimeira da organização foi realizada em Bissau. Na altura só os Presidentes do Braisil, Lula da Silva, e de São Tomé e Príncipe, Fradique de Menezes, faltaram à reunião.

Mas dos Chefes de Estados que marcaram a presença no evento de Bissau, nenhum está agora em funções e dois deles morreram, casos de Nino Vieira, da Guiné-Bissau, e José Eduardo dos Santos, de Angola.

Notabanca; 16.07.2025 

 

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