19 ANOS DEPOIS GUINÉ-BISSAU ORGANIZA CIMEIRA DA CPLP EM CONTEXTO DIFERENTE
A Guiné-Bissau volta a organizar, 19 anos
depois, mais uma cimeira dos Chefes de Estados e de Governos da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP), desta vez, em meio a uma crise
política-parlamentar, contrariamente ao contexto de 2006.
Na cimeira de há 19 anos, o país tinha um Presidente da República (Nino Vieira) dentro do limite constitucional do mandato e um parlamento a funcionar normalmente. Mas agora o cenário é diferente. A Guiné-Bissau não tem Assembleia Nacional Popular (ANP) a funcionar e tem um Presidente da República cujo mandato terminou em 27 de fevereiro passado, mas que considera que o período de exercício presidencial só acaba em 4 de setembro próximo, dentro de 50 dias.
É neste contexto que se realiza a reunião
magna dos Chefes de Estado da CPLP, já criticada por várias vozes, ativistas,
políticos e académicos. Ainda assim, as autoridades guineenses apostam muito na
realização do evento em Bissau e será mais um, do reinado de Umaro Sissoco
Embaló.
Estando Embaló na Presidência da República,
o país já realizou cimeiras da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA)
e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Se para o Presidente Umaro Sissoco Embaló
esses eventos, no país, são motivos de regozijo e de orgulho nacional, os
críticos do regime pensam diferente e preferem destacar um lote de
acontecimentos negativos que marcaram a Guiné-Bissau nos últimos anos, como a
violação dos direitos humanos, para não concordar com a opinião de Embaló.
Em 2006, ano em que a CPLP completou 10
anos de existência, a cimeira da organização foi realizada em Bissau. Na altura
só os Presidentes do Braisil, Lula da Silva, e de São Tomé e Príncipe, Fradique
de Menezes, faltaram à reunião.
Mas dos Chefes de Estados que marcaram a
presença no evento de Bissau, nenhum está agora em funções e dois deles
morreram, casos de Nino Vieira, da Guiné-Bissau, e José Eduardo dos Santos, de
Angola.
Notabanca; 16.07.2025

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