15 MORTOS E 1.200 FAMÍLIAS AFETADAS PELAS CHEIAS NA GUINÉ-CONACRI
Com a continuação das
fortes chuvas em Conacri e na região da Baixa Guiné, o número de mortos
continua a aumentar. Entre 28 de junho e 28 de julho de 2025, foram registradas
15 mortes, de acordo com a Agência Nacional de Gestão de Emergências e
Desastres Humanitários (ANGUCH).
A mesma fonte relatou 19 feridos e aproximadamente 1.200 famílias afetadas. Essas tragédias estão diretamente ligadas ao mau tempo, que causou inundações em algumas áreas e arrastou pessoas, de acordo com Lancei Touré, diretor-geral da ANGUCH.
Questionado sobre as
causas das inundações na Guiné e as medidas de prevenção implementadas, o Sr.
Touré destacou, em primeiro lugar, que o fenômeno transcende as fronteiras
nacionais": Todos os anos, não é apenas a Guiné, mas também os países da
sub-região e de todo o mundo que se confrontam com as consequências das
alterações climáticas. As chuvas intensas são um dos principais fatores,
causando inundações que afetam principalmente os países que não estão
suficientemente preparados".
Na Guiné, a ANGUCH é
responsável por mapear áreas de alto risco, identificando pontos críticos com
probabilidade de causar inundações. Esses dados são então transmitidos às
autoridades locais eleitas e às partes interessadas na gestão de emergências
para que possam antecipar potenciais desastres.
A estação chuvosa deste
ano foi particularmente mortal. " Entre 28 de junho e 28 de julho de 2025,
registramos 15 mortes, 19 feridos e aproximadamente 1.200 domicílios afetados
", lembrou o diretor-geral.
As causas dessas
inundações são bem conhecidas: construções não planejadas, canos entupidos,
saídas mal projetadas ou sujas, bem como manutenção insuficiente de calhas.
Assim que os alertas da
ANGUCH são emitidos, serviços setoriais como a AGEROUTE, o Observatório
Nacional de Estradas, o Fundo de Manutenção de Estradas (FER), a ANSP e o
Ministério da Habitação são responsáveis por responder. Na ausência de uma
resposta rápida, a ANGUCH assume o controle como parte da resposta humanitária
de emergência.
Para reduzir as perdas
humanas e materiais, a agência reforçou seus mecanismos de preparação. "
Um dos principais problemas foi que os moradores, surpreendidos pela elevação
das águas, ficaram presos em suas casas. Por isso, identificamos 58 locais
públicos em todo o país para acomodar temporariamente as populações que vivem
em áreas de risco", explicou o Sr. Touré.
Assim que as primeiras
chuvas começam, os moradores locais são incentivados a se mudar voluntariamente
para esses abrigos seguros. Esse sistema ajudou a limitar resgates de última
hora e a proteger melhor a população.
Com este depoimento, o
Diretor-Geral da ANGUCH apela a uma ação urgente, concertada e sustentável.
Segundo ele, a gestão do risco de inundações não pode depender de uma única
organização, mas deve mobilizar todas as partes interessadas: autoridades
públicas, comunidades locais, parceiros técnicos e os próprios cidadãos.
Notabanca; 28.07.2025

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