PAIGC RENOVA CONFIANÇA EM DOMINGOS SIMÕES PEREIRA E REJEITA CONGRESSO
O PAIGC
renovou a confiança em Domingos Simões Pereira, rejeitando convocar um
congresso extraordinário, apesar da contestação de dirigentes ligados ao
Governo de Sissoco Embaló.
Simões
Pereira contestado, mas mantém apoio interno.
O 'Bureau'
Político do PAIGC, principal força política guineense, renovou a confiança
ao líder, Domingos
Simões Pereira, contestado por um grupo de militantes, disseram hoje
(15.05) à Lusa fontes do órgão.
Setenta e cinco dos 110 membros do órgão estiveram reunidos na tarde de quarta-feira até à última madrugada, tendo, entre outros, aprovado uma moção de confiança política, por 70 votos a favor da liderança de Simões Pereira.
Atualmente
fora do país, Simões Pereira tem sido contestado por um grupo de dirigentes,
encabeçados pelo atual ministro dos Negócios Estrangeiros, Carlos Pinto
Pereira, que o instam a definir se é candidato a primeiro-ministro ou à
presidência da Guiné-Bissau nas
eleições simultâneas marcadas para 23 de novembro.
O líder do
partido é cabeça-de-lista da coligação Plataforma
Aliança Inclusiva (PAI- Terra Ranka) às eleições legislativas.
O grupo
tem exigido igualmente a convocação de um congresso extraordinário eletivo, uma
pretensão que foi reprovada na reunião do 'bureau' político, com base num
parecer negativo do Conselho de Jurisdição do PAIGC, adiantaram as mesmas
fontes do órgão.
O líder do
partido é cabeça-de-lista da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI- Terra
Ranka) às eleições legislativas.
O grupo é
integrado por dirigentes do partido, mas que integram o atual Governo de
iniciativa do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, contestado pelo PAIGC
por considerar que é inconstitucional.
O grosso de dirigentes que contestam a direção de Simões Pereira assistiram à reunião, entre os quais Pinto Pereira, José Carlos Esteves, ministro das Obras Públicas, Construção e Urbanismo, Mário Mussante, ministro das Pescas, Aly Hizaji e ministro dos Combatentes da Liberdade da Pátria.
Acordo de Paris
e estratégias para as eleições de novembro
O 'bureau'
político ratificou o Acordo de Paris, um entendimento alcançado em finais de
abril na capital francesa entre as coligações PAI-Terra Ranka, liderada pelo
PAIGC, e a Aliança Patriótica Inclusiva (API -- Cabaz Garandi), encabeçada pelo
ex-primeiro-ministro Nuno Nabian.
O
entendimento visa, entre outros, criar as bases para que as duas coligações
desenvolvam ações políticas comuns antes, durante e depois das eleições de
novembro, bem como trabalhar de forma harmoniosa em caso de vitória eleitoral
nas legislativas e presidenciais.
As mesmas
fontes que assistiram à reunião do 'bureau' político admitiram que o PAIGC
deverá convocar, nos próximos dias, o Comité Central, órgão máximo entre
congressos, para adotar as medidas aprovadas na última madrugada.
A reunião
foi presidida por Califa Seidi, terceiro vice-presidente do histórico partido
guineense.
A
coligação PAI- Terra Ranka, liderada pelo PAIGC, foi
afastada do Governo, meio ano depois de tomar posse, pelo Presidente da
República, que dissolveu, em dezembro de 2023, o parlamento presidido por
Simões Pereira.
O chefe de
Estado convocou para novembro de 2024 eleições
legislativas antecipadas, que adiou, alegadamente falta de condições
técnicas.
Umaro
Sissoco Embaló completou cinco anos de mandato na presidência em
fevereiro e convocou para 23 de novembro eleições gerais, presidenciais e
legislativas.
Simões Pereira: "Não pode haver vacatura na Presidência"
Notabanca; 15.05.2025

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